Vendas do comércio caem 0,2% em janeiro

Vendas do comércio caem 0,2% em janeiro

Resultado negativo foi guiado pela queda da metade dos setores do varejo, aponta IBGE

R7

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Após crescer 1,2% em 2020, o volume de vendas do comércio abriu 2021 em queda de 0,2% na comparação com mês anterior. Na relação com o mesmo período de 2020, o varejo registrou queda de 0,3%, primeira taxa negativa após sete meses consecutivos de altas. O acumulado nos últimos 12 meses ficou em 1,0%, próximo ao de dezembro (1,2%). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgados nesta sexta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa, o resultado é um reflexo da menor capacidade de consumo das famílias após o fim do auxílio emergencial, que levou os indicadores à estabilidade em novembro (-0,1%), uma queda em dezembro (-6,2%), e, agora, outra estabilidade em janeiro (-0,2%).

Das oito atividades investigadas, quatro tiveram taxas negativas na comparação com dezembro, influenciando o resultado de janeiro. Entre elas, aparecem os segmentos de livros, jornais, revistas e papelaria (-26,5%) e tecidos, vestuário e calçados (-8,2%).

As demais quedas vieram de móveis e eletrodomésticos (-5,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,6%). Já o comércio de combustíveis e lubrificantes (-0,1%) ficou estável no primeiro mês de 2021.

Por outro lado, apresentaram melhoras na passagem de dezembro para janeiro os setores de outros artigos de uso pessoal e doméstico (+8,3%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (+2,6%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,2%) impactaram positivamente o indicador.

Na análise do comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, a queda do volume de vendas em janeiro foi de 2,1% ante dezembro. A segunda variação negativa seguida do índice foi puxada pelo resultado negativo do setor de veículos, motos, partes e peças (-3,6%), enquanto material de construção variou positivamente (0,3%).


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