Alunos mudam destinos de intercâmbios com a alta do dólar

Alunos mudam destinos de intercâmbios com a alta do dólar

Estudantes buscam cursos no Canadá, Austrália, Nova Zelândia ou Malta

Correio do Povo

Viagens para Malta tiveram um incremento de 12%

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A alta do dólar é apenas uma pedra no caminho dos estudantes que desejam fazer intercâmbio. Marcelo Albuquerque, diretor da IE Intercâmbio, uma das grandes agências de intercâmbio do Brasil, argumenta que, com o sobe e desce da moeda norte-americana, ninguém deixa de viajar, mas adapta as necessidades aos bolsos. “Os intercambistas acabaram mudando suas rotas para chegar no objetivo de sempre: a Educação internacional com foco na carreira”, afirma.

Albuquerque explica, conforme dados da IE Intercâmbio, que 33% dos estudantes migraram para novos destinos mais econômicos, cuja a moeda não é o dólar. “Dessa forma, desde fevereiro deste ano, o curso mais procurado por intercambistas continua sendo o do idioma inglês, porém, cursado em Canadá, Austrália, Nova Zelândia ou Malta.” Para se ter uma ideia, de acordo com a IE, a procura pelo Canadá, que já era um destino bastante procurado, cresceu 39%. A Austrália, país muito buscado, por ter economia estável e oferecer boas oportunidades de emprego, apresentou um crescimento de 21%.

A Nova Zelândia, que tinha uma procura mais tímida, cresceu 14%. Malta, arquipélago localizado no Mediterrâneo e que possui uma história milenar, não ficou de fora, e fechou o ranking com 12% a mais de intercâmbios fechados. “A escolha do destino faz toda a diferença no rendimento do curso realizado pelo intercambista. Por isso, é fundamental o diálogo entre a agência e o estudante, para que a empresa consiga orientá-lo a optar por um lugar que se enquadre ao seu perfil e que vá ao encontro do seu objetivo”, acrescenta o dirigente.

Intercambistas assumem novo perfil

O crescimento que os programas de intercâmbio vêm apresentando nos últimos dez anos mostra um novo perfil de intercambistas, de todas as idades, e revela outro conceito de viajar ao exterior. Para explicar sobre estas e outras mudanças, a diretora da World Study Porto Alegre, Carla Mussoi, esteve em visita ao Correio do Povo. Segundo ela, a empresa, que comemora 20 anos como operadora de intercâmbio, atualmente apresenta foco em três públicos. São programas de intercâmbio por faixa etária, dos 7 aos 16 anos; acima de16 anos; e público profissional, que busca qualificação diferenciada em mais de 60 destinos no mundo.

Carla cita que, segundo a Associação de Empresas de Intercâmbio (Belta), na última década, o perfil do intercambista deixou de ser apenas o de estudantes, mas também de famílias e profissionais. Exatamente para atender esse diferencial, é que hoje são inúmeras as possibilidades e programas oferecidos aos estudantes, que buscam aprimoramento para suas atividades profissionais ou mesmo para a vida pessoal. Com esse objetivo vem crescendo a oferta de novos cursos, programas para todas as faixas etárias e também condições financeiras.

A diretora assinala a importância do intercambista procurar sempre uma agência credenciada, que vai orientar e tomar todas as providências para evitar problemas. O tempo também é importante de seis meses a um ano de antecedência de programação. Ela observa que são muitas as agências especializadas, e aconselha aos jovens que procurem uma delas para obter informações, desde a preparação de documentos, melhores indicações para estadia, como casas de famílias e de estudantes.

Viagens para o exterior em nova fase

A Associação de Empresas de Intercâmbio (Belta) observou que na última década o perfil do intercambista deixou de ser apenas de estudantes, mas também família e profissionais, em um novo conceito de viajar ao exterior. Neste período de vestibular a procura também aumenta. A medida que ingressa no Ensino Médio, e mais ainda quando se encaminha para o seu final, o aluno precisa estar preparado, não só para realizar as provas, objetivas e de Redação, mas também para definir sua opção de curso.

Hoje, além dos conhecimentos das disciplinas básicas, é importante acrescentar à bagagem de conhecimento, fluência em outras línguas e, quando possível, vivenciar novas culturas. Para as famílias, os programas de intercâmbio oferecem opções, como pais e filhos estudando na mesma escola. Já os profissionais podem optar por visitas técnicas, como a do Vale do Silício (EUA), conhecendo empresas de tecnologia.

A diretora da WS revela que nos 20 anos da empresa foram mais de 800 programas no exterior, em parceria com mais de 500 instituições de Ensino em 60 países. No setor de intercâmbio, em 2014, foram movimentados cerca de 1 bilhão de dólares.



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