Câmara de Porto Alegre aprova projeto que veta uso da linguagem neutra no Município

Câmara de Porto Alegre aprova projeto que veta uso da linguagem neutra no Município

Sete vereadores assinaram o texto, que agora vai à sanção do prefeito Sebastião Melo (MDB)


Rádio Guaíba

Sete vereadores assinaram o texto, que agora vai à sanção do prefeito Sebastião Melo (MDB)

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A Câmara de Porto Alegre aprovou, na última quarta-feira, um projeto de lei que garante aos estudantes do município “o direito ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com as normas e orientações legais de ensino”. O texto veta, com isso, o emprego da chamada linguagem neutra, sem uma definição de gênero. Foram 20 votos a favor e 11 contra.

Sete vereadores assinaram o texto: Fernanda Barth (PSC), Comandante Nádia (PP), Tanise Sabino (PTB), Alexandre Bobadra (PL), Ramiro Rosário (PSDB), Jessé Sangalli (Cidadania) e Hamilton Sossmeier (PTB). O projeto, que depende da sanção do prefeito Sebastião Melo (MDB), obriga o uso da língua portuguesa, conforme as regras e orientações nacionais, em toda a comunicação externa e com a população em geral, realizada por parte da administração pública municipal direta e indireta.

Devem ser respeitados, com isso, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação, de 1996, o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp) e a gramática elaborada nos termos da reforma ortográfica ratificada pela comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP).

De acordo com a justificativa dos vereadores, “a dita linguagem neutra” propõe que troquemos a vogal marcada, substituindo. por exemplo, os alunos e as alunas por “artimanhas linguísticas” como xs alunxs ou @s alun@s”. Os parlamentares dizem ser equivocado pensar que a utilização do masculino genérico – por exemplo, os alunos, para descrever uma sala com meninos e meninas – seja uma característica sexista da sociedade.

No projeto, os autores também dizem que o uso da linguagem neutra “não é apenas uma confusão inofensiva”, já que prejudica pessoas com problemas visuais e de dislexia, além de trazer dificuldades ao processo de alfabetização, já que a noção de concordância fica prejudicada.

O grupo de parlamentares ainda defende, na justificativa, que “os órgãos governamentais não podem abrir mão do uso correto da língua portuguesa, ignorando o que informa a ciência e a história do nosso idioma para aderir a um delírio ideológico”.




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