Cpers critica "silenciamento" do governo durante manifestação em Porto Alegre

Cpers critica "silenciamento" do governo durante manifestação em Porto Alegre

Mais de 600 pessoas vieram do interior do RS para o protesto pacífico, realizado nesta terça

Felipe Faleiro

Manifestantes percorreram algumas das principais vias do Centro Histórico de Porto Alegre

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Representantes do CPERS/Sindicato realizaram, na manhã desta terça-feira, um ato estadual pacífico que percorreu algumas das principais vias do Centro Histórico de Porto Alegre, desde a sede do sindicato, na avenida Alberto Bins, até a frente do Palácio Piratini. Um trio elétrico acompanhou os manifestantes, que empunharam ainda bandeiras e faixas representando as organizações e com palavras de ordem contra os governos estadual e federal.

Os organizadores afirmam que 600 pessoas estiveram confirmadas, vindas do interior do Rio Grande do Sul, que se somaram aos participantes de Porto Alegre. Entre as pautas reivindicadas, estiveram a valorização salarial aos trabalhadores da Educação, contra a “corrupção na Secretaria Estadual de Educação (Seduc) e no Ministério da Educação (MEC)”, o aumento no salário mínimo regional, pagamento dos dias de greve e a defesa do “IPE Saúde público e de qualidade”.

O presidente em exercício do CPERS/Sindicato, Alex Saratt, diz que há um “silenciamento” do governo diante das pautas apresentadas previamente, o que também motivou a manifestação. “Tivemos uma primeira reunião com a Casa Civil, em que ela se comprometeu a dar um retorno de nossas demandas em, no máximo, quinze dias, mas já faz um mês. O governo não nos dá retorno, embora naquela reunião tenha mostrado sensibilidade e interesse em atender o sindicato”, observa.

As professoras Madalena Trindade e Edith Cardoso vieram dos municípios de Manoel Viana, na região Norte gaúcha, e Jaboticaba, no Oeste do Estado, respectivamente. Madalena contou que viajou oito horas de ônibus para estar no ato, enquanto Edith fez o trajeto em sete horas. “Esta manifestação é bastante importante, pois os professores merecem ser respeitados”, comentou Edith. Já Madalena se disse preocupada com a situação do IPE Saúde. 

“O serviço até que é bom, mas às vezes não conseguimos os atendimentos que precisamos”, disse ela, cujo município de referência é Alegrete, distante 45 quilômetros. A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) e a Brigada Militar acompanharam o evento. “O CPERS representa um segmento importantíssimo da sociedade, que é a Educação. Temos 80 mil sócios, e uma história que mostra que temos capacidade de propor e demonstrar caminhos para se corrigirem as coisas. Esperamos que o governo compreenda a importância de receber o sindicato e atender nossas demandas”, disse Saratt.




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