Cpers discute pagamento do Piso com o governador

Cpers discute pagamento do Piso com o governador

Na 1ª reunião presencial com Eduardo Leite, desde 2019, a direção do Sindicato expôs e encaminhou as reivindicações dos educadores

Claudia Chiquitelli

Helenir (D) ouviu do governador o encaminhamento das pautas do Magistério

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A direção do Cpers/Sindicato reuniu-se nesta segunda-feira com o governador Eduardo Leite no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O objetivo foi tratar do pagamento do Piso Nacional do Magistério, com reajuste de 14,95% para toda a categoria, pagamento de dias de greve e realização de concurso público. Segundo a presidente da entidade, Helenir Schürer, o Executivo apresentou as dificuldades do Estado, informando que precisará buscar recursos para cumprir a Lei do Piso (nº 11.738).

“Saímos com a nossa reivindicação muito firme, de não recuarmos um milímetro, pois não temos mais como dar parcela de sacrifício”, assegurou Helenir. A dirigente disse esperar que o governador cumpra e amplie a Lei do Piso a todos os professores e funcionários de escola, da ativa e aposentados, com ou sem paridade, concursados e contratados e na integralidade, sem confisco da parcela de irredutibilidade. 

“Também mostramos que os planos de carreira do magistério e dos funcionários não podem mais ser diminuídos, pois já foi tirado tudo o que podia.” Helenir explicou que a categoria não pode mais conviver com os funcionários ganhando R$ 653,00 de salário – o governo usa completivo para atingir o salário mínimo estadual. E ressaltou a importância dos funcionários de escola, na rede de proteção aos alunos. “Essa rede é fantástica. Muitas vezes é esse servidor que percebe que um aluno está sofrendo violência. Eles precisam ser valorizados”, afirmou.

A professora saudou que a entidade foi recebida pelo governador, pois desde 2019 não ocorria encontro presencial. Assim, neste mês, serão duas reuniões, sendo a próxima no dia 14 de fevereiro, com as respostas do governador às reivindicações da categoria.

Eduardo Leite garantiu que o Piso será pago a todos os professores que recebem abaixo dele. O valor passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. O chefe do Executivo ressaltou que a Educação é prioridade para o seu governo, entretanto alertou que é preciso ter responsabilidade com o pagamento das contas.

“Temos uma lei de responsabilidade fiscal e a obrigação de manter as contas em equilíbrio em favor dos professores e dos funcionários de escola, pois eles sofrem as consequências do Estado ficar desajustado. Não adianta apresentarmos reajustes maiores, que não possam ser pagos.” Acrescentou que a questão em análise “é se vamos ter recursos para um modelo mais conservador, de dar apenas a estes professores a garantia de que não ganhem menos que o Piso, ou vamos ter a capacidade financeira de darmos reajuste a toda a tabela salarial do magistério”. Entre as autoridades presentes ao encontro estavam as secretárias da Educação, Raquel Teixeira; da Fazenda, Pricilla Santana; e o líder do governo na ALRS, Frederico Antunes.

 




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