Cpers se posiciona em frente ao Piratini contra projetos do governo
No Dia do Professor, servidores armam acampamento na Praça da Matriz
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No Dia do Professor, comemorado nesta terça-feira, servidores ligados ao Cpers Sindicato realizam sua celebração em forma de protesto na Praça da Matriz, em Porto Alegre. O ato é contra as propostas do governo do Estado que alteram o Plano de Carreira do magistério, o Estatuto dos Servidores e a Previdência Estadual. Com acampamento formado em frente ao Palácio Piratini, a categoria promete entrar em greve 72 horas após o governador Eduardo Leite encaminhar os projetos à Assembleia Legislativa.
Apesar da chuva, por volta de 10h30min os professores chegaram ao local da manifestação ao som do Hino da Legalidade. Com instrumentos e faixas, um grupo ainda utilizou uma fantasia de dragão para caracterizar o governador. “Leite é o dragão do mal”, dizia um dos cartazes. “Eduardo Leite ´o exterminador do futuro”, afirmava outro. A presidente do Cpers, Helenir Schürer, disse que os servidores receberam a cartilha com a minuta dos projetos do Executivo ainda no início da manhã e, após uma análise rápida do documento de 116 páginas, constataram que, na prática, o governo utilizará triênios para a composição do piso salarial.
“Na verdade, ele tira de nós para dar para nós mesmos. Então, quem vai pagar o piso do magistério não é o Estado do Rio Grande do Sul, é o próprio professor”, afirmou Helenir, que ainda definiu a proposta como “indecente” e “ridícula”. “Se o governo quer guerra, greve ele vai ter”, declarou a presidente do Cpers, ao explicar que, assim que os projetos forem encaminhados ao Legislativo, a categoria avisará profissionais, pais e alunos dentro do prazo de 72 horas e paralisará as atividades.
*Com informações de Gustavo Chagas