Em agenda em Porto Alegre, ministro da Educação critica ações de governos anteriores

Em agenda em Porto Alegre, ministro da Educação critica ações de governos anteriores

Milton Ribeiro recebeu a medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa

Felipe Samuel

Prestes a completar um ano à frente do MEC, Ribeiro disse que está tentando resgatar a alfabetização

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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, criticou, nesta quarta-feira, as ações educacionais de governos passados e destacou que o resultado das políticas adotadas nos últimos 20 anos tem desdobramentos na atualidade. Ao destacar 'métodos e pedagogias equivocados', Ribeiro afirmou que crianças de 'dez anos não sabem ler, mas sabem até colocar preservativos'. As manifestações foram dadas durante agenda na Capital, onde recebeu a medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa.

Ao chegar à sede da Rádio Guaíba, no Centro Histórico, a comitiva do ministro foi recebida por um grupo de manifestantes que protestavam contra o corte de verbas do MEC a universidades federais. Duas pessoas foram detidas pela Guarda Municipal. Após o susto, o ministro deu entrevista na rádio e criticou governos anteriores que adotaram 'políticas equivocadas'. "As crianças não sabem ler, sabem até colocar preservativo, mas não sabem ler. Isso é uma vergonha", afirmou. 

Ao mencionar os cortes no orçamento da pasta, Ribeiro afirmou que a redução se deve aos problemas econômicos enfrentados por conta da pandemia, com fechamento do comércio e diminuição de recursos. Segundo Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro explicou que entre 'colocar comida no prato do brasileiro' e adiar um pouco alguns projetos educacionais, o governo federal preferiu priorizar o auxílio à população em meio à pandemia. Prestes a completar um ano à frente do MEC, Ribeiro disse que está tentando resgatar a alfabetização. 

Conforme o ministro, embora o MEC apresente o terceiro maior orçamento da Esplanada, previsto em R$ 144 bilhões, no passado os governos 'nadaram' em recursos. O ministro reiterou o compromisso com a criação das escolas cívico-militares e garantiu que o presidente pediu para 'olhar para as crianças'. O ministro também se reuniu com o prefeito Sebastião Melo, que encaminhou a indicação da Escola Leocádia Felizardo Prestes, no bairro Cavalhada, como a primeira a fazer parte do projeto de escolas cívico-militares na cidade. 

A meta é que até 2024 seja implantado o mesmo sistema em outras sete instituições de Porto Alegre.O ministro disse estar muito feliz pela visita a Porto Alegre e se colocou à disposição, não só para dar andamento a esse projeto, mas também para dar todo o suporte necessário à educação da Capital. 

“Os recursos do ministério são recursos do povo brasileiro. Por isso, contem com o governo federal para auxiliar nos ônibus, merendas, manutenção das escolas e em tudo que faz parte do contexto escolar”, garantiu.A implantação das escolas cívico-militares é uma iniciativa do Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Defesa. O critério de escolha das instituições leva em conta regiões de vulnerabilidade social, com extrema violência e indicadores de desempenho abaixo da meta. As escolas devem atender acima de 400 alunos, do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental, nos turnos da manhã e tarde. De acordo com o projeto, o objetivo é incorporar aos alunos atitudes e valores, conscientizar sobre deveres, direitos e responsabilidade, preparar o estudante para atuar em qualquer campo profissional e melhorar os indicadores de desempenho.




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