Entidades apontam que Ensino Superior deveria retornar primeiro às aulas presenciais

Entidades apontam que Ensino Superior deveria retornar primeiro às aulas presenciais

Governador Eduardo Leite apresentou consulta com entidades educacionais, mas ainda avalia retomada do ensino no Estado

Correio do Povo

Pesquisa sobre retomada das aulas foi realizada em 441 municípios gaúchos

publicidade

O governador Eduardo Leite apresentou, nesta quinta-feira, uma consulta realizada com entidades de ensino do Rio Grande do Sul sobre um possível retorno às aulas presenciais. O governo recebeu 759 respostas, entre entidades, conselhos, secretarias de educação e sindicatos, de 441 municípios gaúchos. As entidades votaram majoritariamente pela retomada inicial do nível do Ensino Superior, seguido pelo Ensino Médio e Técnico, e o Ensino Fundamental (anos finais 6ª ao 9º ano). Os anos iniciais (1º ao 5º ano) e a Educação Infantil ficaram por último na ordem da retomada. A pesquisa ainda mostrou que as entidades apostam que a Educação Infantil e o Ensino Fundamental podem ser ofertados em turno integral.  

Primeiramente, as entidades escolheram o cenário onde o Ensino Médio e Técnico seriam os primeiros a retomarem presencialmente. No entanto, dentro deste mesmo cenário, em uma nova votação fechada, as entidades defenderam que o retorno presencial deveria começar pelo Ensino Superior. 

No entanto, Leite enfatizou que ainda não há uma definição sobre a retomada das aulas e que não há uma solução fácil no momento. "Estamos processando essas informações porque vão nos ajudar como lidar com as aulas. Não são decisões que teremos tomado sobre o tema. Recebemos as manifestações das entidades e é papel do governo se planejar e ouvir as pessoas que se relacionam com o tema", disse durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.  

As sugestões de medidas de prevenção contra o coronavírus mais citadas foram o distanciamento obrigatório entre os alunos nas salas, e a higienização pessoal e constante. Consta também a troca de calçados (ou a utilização de protetores) e de roupas, cabelos presos e a não utilização de adereços dentro das salas de aula. 

A consulta às entidades ainda mostrou que, para um cenário de retomada, seria necessário a inclusão de doenças respiratórios e outras doenças crônicas na ficha dos alunos, presença de técnicos de enfermagem nas escolas, inclusão de profissionais de saúde mental nos protocolos, tratamento psicológico para os funcionários, entre outras exigências.  

Segundo a pesquisa, para a retomada das atividades presenciais, o município teria autonomia para averiguar sua realidade e estabelecer um plano de ações para um retorno seguro. Além disso, a instituição poderia definir, dentro da sua realidade e do seu Plano de Contingência, quais turmas e níveis retornarão primeiro. As famílias que necessitam, poderiam mandar seus filhos para as escolas de educação infantil (sem obrigatoriedade/ número reduzido de alunos). 

A educação movimenta, no Rio Grande do Sul, mais de 2,5 milhões de pessoas, desde a pré-escola à pós-graduação. Esse contingente representa ao redor de 20% da sociedade gaúcha. “É muita gente envolvida e, evidentemente, devemos ter todo o cuidado, porque significa uma grande circulação de pessoas nos deslocamentos e, em grande parte do tempo, que ficarão juntas em ambientes quase fechados ou fechados. Mas, de outro lado, temos a preocupação porque estamos falando da formação dos adultos que queremos, do futuro das gerações”, disse Leite.




Pós-graduação, Cursos técnicos e Educação para sustentabilidade: Confira a agenda desta terça-feira

Abertas vagas gratuitas para mestrado, doutorado, cursos técnicos e livres

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895