Escolas privadas projetam volta escalonada às aulas a partir deste mês
Sinepe afirma que alunos da educação infantil serão os primeiros a serem autorizados a a retornar para as escolas
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Conforme for o avanço da situação epidemiológica no Rio Grande do Sul, as escolas particulares poderão retomar as aulas já a partir do fim deste mês. Essa é a projeção do presidente do Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe), Bruno Eizerik. Ele concedeu entrevista à Rádio Guaíba e explicou que o retorno se daria de maneira gradual, atendendo apenas parte dos alunos matriculados no início.
De acordo com Eizerik, o processo para o retorno das atividades escolares em si já teve início. Até o fim desta semana, segundo ele, deverão ser concluídos os protocolos para esta retomada. Ele acredita que, se isso ocorrer e as escolas conseguirem fazer as adequações ao longo na próxima semana, os alunos poderiam voltar a frequentar as instituições a partir da semana do dia 25.
A ideia, porém, esbarra na condição de cada cidade. Porto Alegre, por exemplo, não terá aulas antes de junho. Para a reativação das escolas também seriam ajustados questões relacionadas à higienização e os espaços. O presidente do Sinepe chegou a sugerir transformar parte dos ginásios, que são mais amplos, em salas de aulas.
No entanto, apenas um grupo de estudantes retornaria num primeiro momento. A princípio seriam os alunos da educação infantil. “Nossa ideia é para que volte as aulas da educação infantil, isso porque os pais estão voltando ao trabalho. Essa criança precisa voltar à escola”, explicou. Por essa razão, as crianças poderiam permanecer nas escolas ao longo de todo o turno previsto. “Não posso receber ele só por um período.”
O retorno às aulas, segundo explicou Eizerik, também ajudaria a salvar empregos de professores do setor infantil, um dos mais afetados pela paralisação devido à Covid-19, de acordo com ele: “Diria se não houver uma volta às aulas, principalmente na educação infantil, deveremos ter muitas demissões no setor. As famílias não estão recebendo o serviço e as escolas terão de demitir e até fechar. Mas acredito que se a gente conseguir retomar as aulas no fim de maio ou junho nós não teremos muitas demissões no setor”, afirmou. “Dizer que não vai ter demissões é demais.”
Nesta segunda-feira, o Governo do Estado voltou a enfatizar que as aulas, em todos os níveis e seja no ensino público ou no privado, permanecem suspensas no RS. O governador Eduardo Leite, porém, acenou com a possibilidade de retomada da rede privada antes da pública, como maneira a evitar demissões em massa no setor.
Posteriormente, observando as condições necessárias, ir ampliando o número de alunos e séries, conforme a idade: “Não temos como, hoje, de uma hora para outra, que 750 mil alunos voltem a ser atendidos de uma única vez”, disse.