Ex-professores denunciam atrasos de pagamentos no IPA
Instituição também não estava recolhendo FGTS, conforme grupo de docentes
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Outra reclamação do grupo é em relação ao acordo proposto do Sindicato dos Professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS). De acordo com os profissionais, o grupo aceitou um acordo de divisão das verbas rescisórias e FGTS atrasados em até 12 parcelas, recebendo a multa do FGTS pela demissão sem justa causa com uma cláusula de vencimento do parcelamento. “O acordo coletivo não conta com uma cláusula de vencimento antecipado, já que o Sinpro garantiu que a instituição vinha cumprindo seus acordos”, aponta a carta.
De acordo com a professora e diretora do Sinpro/RS, Margot Andras, o acordo foi feito baseado em um mesmo tratado feito com os professores demitidos do Colégio Americano no início do ano. Em que após a demissão dos mesmos, eles começaram a receber os valores da rescisão. "Os professores do Colégio Americano estavam recebendo direito e mostramos que fazendo o acordo para os professores do IPA, a chance de receber era maior", disse Margot.
Em contato com a gestão a Rede Metodista, localizado em São Paulo, Margot salientou que a instituição argumenta falta de dinheiro para pagar os direitos trabalhistas do grupo. "É um descaso. É uma situação que tem sido empurrada com a barriga. Eles dizem que vão resolver e não resolvem. Chegam aqui para reunião e não tem nada para falar. É um erro atrás do outro. Isso tem criado um problema muito sério aos professores. A gente não faria o acordo com Ministério Público se eles não regulassem a situação dos professores", acrescentou.
Conforme os professores, antes da demissão do grupo em julho, a universidade já atrasava o pagamento dos salários havia um ano, o que provocou em duas greves dos funcionários no primeiro semestre – uma em abril e outra em maio. Além disso, a instituição informou que a demissão – que para alguns profissionais foi por telegrama – ocorreu por desatendimento ao chamado para uma reunião, que, segundo os professores, não ocorreu.
Os professores lamentam que os direitos garantidos pela Lei não são atendidos e que a única saída seria o “Judiciário, que cada vez mais abarrotado, agenda as audiências iniciais para daqui um ano”. “Os direitos só existem no papel”, encerra a carta.
A reportagem do Correio do Povo tenta um posicionamento do IPA desde a quinta-feira, dia 13 de setembro, porém ainda não teve retorno.