Grupo de professores acampa em frente ao Piratini
Servidores estão greve por causa do parcelamento de salários
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O Cpers alega que há uma dificuldade de se dialogar com o Estado. Após mais de uma semana de greve geral, professores estaduais devem se reunir nesta quinta-feira em audiência com os secretários da Fazenda, Giovani Feltes, e da Educação, Ronald Krummenauer. De acordo com um dos representantes da direção central do Cpers, Daniel Damiani, o encontro só foi agendado após a realização de uma reunião da categoria com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio de Oliveira Branco, que ocorreu depois que os servidores trancaram a porta do Palácio.
A reunião dos professores com os secretários Feltes e Krummenauer ainda não tem horário e local definidos, o encontro servirá para que a categoria exponha ao Executivo as suas principais reivindicações: o fim do parcelamento salarial - que já chegou a 20 meses -, a reposição dos salários atrasados e a retirada do pacote de medidas do governador José Ivo Sartori.
Se depender do último encontro do Estado com os professores, a audiência não deve resolver a situação da greve. De acordo com Daniel Damiani, na reunião da categoria com Fábio de Oliveira Branco foi sinalizado que o governo entende que a única alternativa à crise é a renegociação da dívida do Estado com a União. Os servidores, contudo, discordam. “O governo está usando os servidores para pressionar Brasília”, afirmou Damiani.
Outro ponto bastante comentado pelos professores é o projeto de lei (PL) 148 do governo Sartori. O texto discorre sobre a dispensa de servidores da administração pública direta e indireta para exercer mandato eletivo em sindicato, confederação, entidade ou associação de classe. A proposta prevê a redução para apenas um dirigente para cada categoria ou carreira de servidores da administração direta e indireta dispensado da função. Os servidores creem que o PL deva ser votado na próxima semana.