Manifestação contra parcelamento de salários reúne professores na Praça da Matriz

Manifestação contra parcelamento de salários reúne professores na Praça da Matriz

Educadores ligados ao Cpers/Sindicato pediram diálogo com o governador Eduardo Leite

Cláudio Isaías

Grupo se reuniu respeitando as regras de prevenção

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Os professores estaduais voltaram a protestar em frente ao Palácio Piratini nesta quarta-feira contra o atraso e o parcelamento de salários que completou 55 meses. Desta vez, em função da pandemia do coronavírus, os manifestantes, um total de 20 educadores, estavam com máscara e respeitando o distanciamento social conforme os protocolos de segurança. Com cartazes, os docentes lançaram a campanha “Governador, escute quem educa”, com o objetivo de buscar diálogo com o governador Eduardo Leite sobre o pagamento dos salários dos professores e a recuperação das aulas depois da pandemia da Covid-19.

O Cpers/Sindicato também quer participar da discussão sobre os protocolos de segurança para o retorno das aulas após a pandemia do coronavírus. "Queremos que o governador nos escute. Escute para nos devolver os nossos salários, já que recuperamos os períodos de greve, e nos escute em relação ao coronavírus, porque a discussão está sendo feita sem a presença dos professores e dos funcionários de escola", ressaltou a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer.

Segundo ela, os educadores querem e precisam ser ouvidos, principalmente sobre a construção dos protocolos de segurança para o retorno das aulas após a pandemia. "O governo se faz de surdo e não discute com categoria. Estamos aqui apesar da pandemia para fazer esse ato para que finalmente o governo estadual destampe os ouvidos e ouça a educação", ressaltou.

Durante meia hora, os professores ficaram na frente do Palácio Piratini com cartazes onde se lia mensagens como: "Governador, escute quem educa!", "Justiça para a educação!", "Chega de calote", "Trabalho feito, salário pago!", "Escolas fechadas, vidas preservadas!", "Salário de fome, também mata" e "Chega de parcelamento e congelamento de salários. Reajuste Já! Pagamento em dia". 

Conforme Helenir Schürer, os professores poderiam ficar quietos diante da ação do governo do Estado de atrasar e parcelar salários. "No entanto, em uma época de pandemia, estamos aqui lançando nossa campanha cobrando os nossos salários que foram descontados e queremos também discutir os ataques que categoria tem recebido ao longo de anos e a questão do difícil acesso", explicou.

A presidente do Cpers/Sindicato disse ainda que a categoria exige ser escutada para o retorno das aulas na rede estadual. "O governo estadual está fazendo a discussão das coisas que compõem a escola. Mas não há nenhuma discussão sobre as pessoas que estão dentro da escola. Quem entende e conhece os alunos são os professores. Queremos ser ouvidos e estamos aqui dizendo: governador, escute a educação”, acrescentou.

O Cpers também protestou sobre os descontos que alguns servidores tiveram em razão da última greve do magistério. Para Helenir, a categoria segue sendo atacada pelo governo Estado e cobrou uma postura mais séria no trato com os educadores. Outra demanda da categoria diz respeito a descontos previdenciários dos aposentados e redução de adicionais, como o difícil acesso durante a pandemia.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/RS), Amarildo Cenci, disse que o governador Eduardo Leite precisa parar com o parcelamento e atrasos dos salários dos professores. "Os vencimentos precisam ser pagos em dia e que o governo do Estado faça de uma vez por todas uma política de valorização do magistério", destacou. Segundo Cenci, o governador se elegeu com a bandeira de que não atrasaria os salários dos professores, mas não é isso que ocorre há quase cinco anos.




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