Manifestação do Cpers em Porto Alegre critica reajuste adotado pelo governo do RS

Manifestação do Cpers em Porto Alegre critica reajuste adotado pelo governo do RS

Sindicato afirma que boa parte da categoria não tem mais de 30% de correção

Felipe Nabinger

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Com adesão de professores vindos de todo o Estado, o Sindicato dos Professores e Funcionários(as) de Escola do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers Sindicato) realizou protesto na manhã desta terça-feira reivindicando o reajuste de 33,24%  de forma paritária para todos os professores e funcionários de escola. O ato começou com uma caminhada pelo Cento Histórico, saindo da sede do sindicado na avenida Alberto Bins e terminando em frente ao Palácio Piratini, onde os manifestantes entoaram palavras de ordem contra o governo Eduardo Leite.

“É o recomeço da nossa mobilização. O objetivo é mostrar as mentiras que saem na mídia. Eduardo Leite diz que deu reajuste de 32% para a nossa categoria, mas os dados apresentados pelo próprio governo à Assembleia Legislativa mostram que somente 14% dos professores receberam mais de 30% de reajuste”, afirma a presidente Helenir Aguiar Schürer.

A Assembleia aprovou, no final do ano passado, o Projeto de Lei apresentado pelo Executivo que visa o reajuste de até 32% na tabela inteira do subsídio, com uma nova fórmula que fará com que todos os ativos e aposentados tenham aumento. No entanto, esse aumento é variável de 5,5% a 32%. Conforme o Piratini, a iniciativa implica em despesas anuais de R$ 730 milhões, quase uma folha de pagamento e meia a mais por ano ao magistério.

Uma das reclamações do Cpers Sindicato é que cerca de 45 mil aposentados receberam somente 5,53% de reajuste e também a forma como isso se deu. “Leite tirou mais de 26% dos adicionais por tempo de serviço que esses professores já tinham no seu contracheque. Com isso o reajuste foi pago com o dinheiro do próprio educador”, afirma Helenir. A proposta inicial do governo não previa reajuste para os aposentados, item incluso após pressão da categoria.

Entre as outras pautas do protesto, esteve também o novo Ensino Médio, implementado pelo Ministério da Educação neste ano. “O novo Ensino Médio retira o acesso ao conhecimento total com uma mudança curricular que tira do estudante áreas de conhecimento como a Filosofia e a Sociologia”, analisa a presidente sindical. Nas escolas estaduais o ano letivo inicia na próxima segunda-feira.




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