Planalto vê falha na devolução de MP, mas decisão política prevaleceu

Planalto vê falha na devolução de MP, mas decisão política prevaleceu

Equipe jurídica da Presidência apontou que texto estava tecnicamente correto e que volta do Congresso é inconstitucional, mas Bolsonaro quis evitar conflito

R7

Nesta sexta-feira, Jair Bolsonaro revogou a medida

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A equipe jurídica do Palácio do Planalto considerou inconstitucional a devolução, por parte do Congresso Nacional, da MP (medida provisória) que permitia ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, escolher reitores temporários para instituições federais de ensino durante a pandemia do novo coronavírus. 

O documento, assinado na sexta-feira pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Jorge Oliveira, diz que a devolução "não encontra qualquer respaldo constitucional expresso, no entanto, cumpre ressaltar, não ser inédito em sua forma, pois há outros três precedentes". 

Apesar da MP estar tecnicamente correta, prevaleceu a decisão política, devido a forma como ela foi interpretada. Se a MP fosse realmente inconstitucional, não precisaria ser revogada - ontem, Jair Bolsonaro revogou a medida.

Para Oliveira, "o real alcance da Medida Provisória, respeitosamente, não foi compreendido e, por isso, culminou em sua devolução pelo Presidente do Congresso Nacional". 

No Twitter, Alcolumbre disse que assinou a devolução da medida "por violação aos princípios constitucionais da autonomia e da gestão democrática das universidades".  De acordo com o parlamentar, que é presidente do Congresso Nacional, "o Parlamento permanece vigilante na defesa das instituições e no avanço da ciência".

A medida poderia afetar 16 universidades federais, o que representa 25% do total de instituições, cujos mandatos dos reitores acabam até o fim do ano. Entre elas, estão a UNB (Universidade de Brasília), a UFRGS (Federal do Rio Grande do Sul), de São Carlos (UFSCAR) e do Paraná (UFPR).




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