Presidente do Sinepe sugere voucher educacional e parceria para aprimorar ensino público

Presidente do Sinepe sugere voucher educacional e parceria para aprimorar ensino público

Bruno Eizerik irá assumir a chefia da Federação Nacional das Escolas Particulares

Liliane Moura*

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O presidente do Sindicato do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinepe), Bruno Eizerik, concedeu entrevista ao programa Agora, da Rádio Guaíba nesta quinta-feira e sugeriu a adoção de parcerias, tanto em âmbito federal quanto estadual, que possam auxiliar o desenvolvimento da aprendizagem em escolas públicas. Eizerik, que hoje será empossado como mandatário da Federação Nacional das Escolas Particulares, demonstrou preocupação com o desempenho brasileiro no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa). 

"Se pegarmos o Brasil, somando as duas redes (pública e privada), a média dos alunos é de 384 pontos, o que o coloca o País na 72ª posição entre 80 nações. Se considerarmos apenas o ensino público, a média de pontuação é de 375, jogando o Brasil para a 75ª colocação. Então há uma diferença importante entre as duas redes. Exatamente por isso, é importante que nós, enquanto ensino privado, possamos auxiliar o público. As escolas particulares contam com 20% dos alunos e não nos adianta que eles tenham bons resultados, enquanto 80% tenham resultados péssimos ou ruins", explicou. "Por que não podemos pensar em voucher educacional?", questionou. 

Segundo Eizerik, essa seria uma alternativa para melhorar a qualidade do ensino brasileiro a um custo menor para o estado. “O aluno da rede pública custa mais para o estado que o aluno da rede privada. Então a rede privada consegue preparar um aluno melhor com menos custos e isso abre a possibilidade de parceria público-privada. Assim, esse aluno pode optar por uma escola privada com o governo estadual pagando”, analisou. 

O presidente do Sinepe também mencionou o projeto enviado pelo presidente Bolsonaro, que propõe a compra em escolas de educação básica infantil privada. Além disso, de acordo com Eizerik, a volta das aulas presenciais é uma questão imediata, pois educação é um setor essencial para o desenvolvimento do País. 

*Sob supervisão de Luiz Felipe Mello 




Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895