Primeiro dia de greve tem adesão parcial de professores estaduais em Porto Alegre

Primeiro dia de greve tem adesão parcial de professores estaduais em Porto Alegre

Cpers deflagrou greve por tempo indeterminado<br /><br />

Guilherme Kepler / Rádio Guaíba

Colégio Estadual Júlio de Castilhos está completamente paralisado

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A greve dos professores estaduais, iniciada nesta quarta-feira, afeta as aulas em oito das dez escolas estaduais consultadas pela reportagem da Rádio Guaíba, em Porto Alegre. O Colégio Estadual Júlio de Castilhos, maior escola estadual, com cerca de 2 mil alunos, está completamente paralisado. O mesmo ocorre nas escolas Coronel Afonso Emílio Massot, na e na Escola Padre Réus, ambas na zona Sul.

Nas escolas Paula Soares, Instituto de Educação, Rafaela Remião, Dom João Becker e Padre Rambo a adesão à greve por parte dos docentes é parcial e, conforme as direções, poucos alunos procuraram às escolas nesta quarta. Em algumas das instituições de ensino, que atendem de forma parcial, as aulas serão realizadas em meio turno, atendendo até as 10h30min no período da manhã e até as 16h30min no período da tarde.

O Colégio Estadual Piratini, que atende 800 alunos e o colégio Inácio Montanha, com cerca de 1.300 alunos, informaram que estão com atendimento normal. Comum a várias escolas consultadas, os professores deverão se reunir ao longo do desta quarta, para definir posicionamentos e dar prosseguimento ou não as aulas.

Na terça-feira, em assembleia realizada no Largo Glênio Peres, o Cpers Sindicato aprovou, por tempo indeterminado, greve do magistério gaúcho. A medida foi tomada em virtude da parcela de R$ 350 paga pelo governo gaúcho aos servidores. Cpers também aprovou que não vai recuperar os dias parados até que o governo realize por completo o pagamento dos salário.

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), lamentou a decisão tomada pela assembleia do Cpers Sindicato. Conforme Sartori, a paralisação das atividades, em função do parcelamento da folha salarial, “não ajuda em nada a resolver o problema. Pelo contrário, só agrava a situação dos alunos e de suas famílias, especialmente dos mais humildes”, avaliou o governador.

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) informou à reportagem que está em contato com as coordenadorias regionais a fim de buscar informações sobre a situação das aulas na rede pública de ensino. A pasta afirmou ainda que tão logo receba essas informações vai repassar à população através da imprensa.

Ainda no mês de agosto, a Seduc publicou um memorando, que segue em vigor, que trata sobre orientações as escolas estaduais. Nesse documento, a pasta afirma que as direções de escola deverão garantir que os estabelecimentos de ensino permaneçam abertos durante os horários normais de funcionamento. E reafirma que devem ser cumpridos na integralidade do ano letivo, no mínimo 800 horas/aula e 200 dias letivos. O documento fala também que a recuperação das aulas deverá ser realizado após o término do ano letivo regular.



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