Professores da rede estadual paralisam atividades em protesto

Professores da rede estadual paralisam atividades em protesto

Em Porto Alegre, das cinco escolas visitadas pela reportagem, duas não tiveram aulas na manhã

Claudio Isaías

Nesta terça-feira, ocorrerá o Ato Estadual em Defesa dos Contratados, pela não demissão, por concurso público e reajuste salarial

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Educadores da rede estadual de ensino paralisaram nesta segunda suas atividades em protesto ao 45º mês de atraso no pagamento dos salários dos professores e funcionários de escolas. Em Porto Alegre, das cinco escolas visitadas pela reportagem do Correio do Povo, duas (colégios Júlio de Castilhos e Ernesto Dornelles) não tiveram aulas na manhã. Nas instituições de ensino Paula Soares e Protásio Alves, o dia foi normal com a presença dos professores na sala de aula; na última, os docentes e os estudantes participaram de reuniões do conselho de classe.

No colégio coronel Afonso Emílio Massot, no bairro Azenha, os docentes organizaram reuniões com os líderes de turma para explicar a adesão ao movimento. A instituição de ensino, que conta com 900 alunos e 60 professores, participará hoje de uma manifestação na Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre.

A presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, disse que o governo do Estado poderia ter resolvido a questão do atraso dos salários do magistério há muito tempo. "É uma categoria que vem sendo desrespeitada pelo Executivo que decidiu priorizar outras áreas", lamentou. Já a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) informou que tanto em Porto Alegre quanto no interior do Estado a adesão ao movimento foi baixa. Não foi divulgado pela secretaria e nem pelo Cpers um percentual de escolas paralisadas.

O Cpers informou que neste mês de setembro a primeira faixa será paga somente no dia 10 de setembro para quem recebe até R$ 1.100,00. No dia 11, serão quitados os salários de quem recebe até R$ 2.500,00. Quem recebe acima de R$ 2.500 líquidos terá os salários quitados pelo sistema de parcelas. A primeira será depositada dia 13 de setembro no valor de R$ 1.500,00. O próximo pagamento será de R$ 1.000,00 no dia 18 de setembro. Uma nova parcela será paga dia 10 de outubro no valor de R$ 2.500.

O saldo dos salários, para a quitação total da folha, será depositado no dia 11 de outubro. Segundo deliberação da última assembleia geral dos professores, a categoria deverá cruzar os braços no primeiro dia útil de cada mês posterior a um novo atraso salarial. A pauta de reivindicação pede a reposição emergencial de 28,78%, pagamento em dia e realização de concurso públicos para professores e funcionários de escola.

Nesta terça-feira, ocorrerá o Ato Estadual em Defesa dos Contratados, pela não demissão, por concurso público e reajuste salarial. A manifestação, que contará com a presença de centenas de educadores de diversas regiões do Estado, ocorrerá na Praça da Matriz a partir das 10h. O objetivo é pressionar os deputados estaduais para que aprovem a emenda parlamentar ao projeto de lei 392/2019 que autoriza o Poder Executivo a realizar a contratação emergencial de cinco mil professores e sinaliza para a realização de concurso público a partir de 2020. Protocolada pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, presidida pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT), a emenda propõe garantir a manutenção dos atuais contratos emergenciais até que sejam substituídos por nomeados.




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