Retomada de aulas presenciais da educação básica tem baixa adesão em Porto Alegre
Secretaria da Educação tinha estimativa de que até 102.880 alunos voltassem às salas de aula
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A retomada das aulas presenciais do Ensino Fundamental 2 e Médio (1º e 2º anos) na rede municipal de ensino de Porto Alegre foi marcada nesta terça-feira pela baixa adesão. As instituições de ensino na manhã de hoje tinham mais trabalhadores de educação do que alunos em sala de aula.
Na manhã, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Campos do Cristal, no bairro Vila Nova, na zona Sul, e a Presidente Vargas, no bairro Passo das Pedras, na zona Norte, atenderam poucos estudantes. Já a Pepita de Leão e a Chico Mendes, na zona Norte da cidade, estavam em preparação para o retorno das atividades presenciais.
Segundo a Secretaria Municipal de Educação (Smed), 14 escolas de ensino fundamental e 30 de infantil abriram nesta terça. A estimativa da secretaria é que até 102.880 alunos voltassem às salas de aula depois de mais de sete meses de suspensão em virtude da pandemia da Covid-19.
Oferta de alimentação
No dia 28 de setembro, a prefeitura de Porto Alegre recomeçou a oferta de alimentação para educação infantil, seguida por aulas a partir do dia 5 de outubro no mesmo nível, no 3º ano do Ensino Médio, profissionalizante e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Na sequência, dia 13 de outubro, foi retomada a alimentação em todas as outras escolas e atividades de apoio. O fundamental 1, especial e EJA (municipal) foram autorizados para o retorno no dia 19 de outubro.
O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) informou que segue junto com comissões do Legislativo municipal e entidades ligadas à educação e à saúde continuarão a agenda de visitas para verificar as condições sanitárias das escolas municipais de Porto Alegre. No dia 23 de outubro, o sindicato decidiu pela suspensão da greve sanitária.
Na greve iniciada em 19 de outubro, os servidores da educação aprovaram uma greve sanitária contra a retomada das atividades presenciais nas escolas, enquanto não houvesse condições sanitárias e estruturais adequadas para garantir a proteção da saúde e da vida de estudantes, professores, funcionários e comunidade escolar. Na época, o Simpa afirmou que a greve era uma resposta ao calendário de retorno às atividades presenciais apresentado pelo prefeito Nelson Marchezan Júnior, iniciado em 28 de setembro.