Facebook planeja informar a usuários se seguiram páginas russas

Facebook planeja informar a usuários se seguiram páginas russas

Atores russos teriam criado uma campanha de desinformação entorno da eleição presidencial americana do ano passado

AE

Facebook planeja deixar que usuários saibam se seguiram páginas russas

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O Facebook disse, nesta quarta-feira, que planeja dizer a milhões de usuários que curtiram ou seguiram qualquer uma das 290 páginas criadas no site e no Instagram por atores russos em uma suposta campanha de desinformação em torno da eleição presidencial americana do ano passado.

No entanto, a divulgação deixa de notificar mais de 100 milhões de outros usuários que visualizaram anúncios e postagens das páginas e podem ter curtido, compartilhado ou comentado sobre eles. No fim do ano, os usuários terão acesso a uma ferramenta para verificar se eles seguiram qualquer uma das páginas que foram projetadas para parecer que eram administradas por americanos, mas que realmente foram criadas pela empresa pró-Kremlin Internet Research Agency. Neste mês, o senador democrata Richard Blumenthal (Connecticut) pediu a Facebook, Twitter e Google que informem os usuários se eles viram ou não postagens de atores russos.

As divulgações do Facebook, no entanto, só alcançarão uma fração dos mais de 120 milhões de usuários que viram as postagens, disse a empresa. Um porta-voz da companhia afirmou que é muito difícil chegar a todos os usuários afetados, em parte porque não pode identificar de forma confiável quem teve acesso ao conteúdo.

A divulgação do Facebook aos usuários é "realmente o mínimo do total", disse o cofundador da Elevation Partners, Roger McNamee, um investidor e conselheiro do Facebook que se tornou crítico do efeito das mídias sociais na democracia. "A relutância de ambos em aceitar a responsabilidade pelo que aconteceu em 2016 e, mais importante, de tomar medidas para evitar coisas semelhantes no futuro é apenas horrivelmente decepcionante e realmente perigosa", afirmou.

Blumenthal solicitou que o Facebook atinja todos os usuários que encontraram qualquer conteúdo da empresa Internet Research Agency e que diga aos usuários "exatamente o conteúdo que eles viram para que possam entender e avaliar o que eles podem ver no futuro", de acordo com uma carta que ele enviou à companhia.

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