"É muito pouco provável' que coronavírus seja erradicado", alerta assessor médico de Biden

"É muito pouco provável' que coronavírus seja erradicado", alerta assessor médico de Biden

Anthony Fauci disse que considera possível controlar o vírus "a certo nível, por meio da vacinação"

AFP

publicidade

O assessor médico da Casa Branca, Anthony Fauci, afirmou que é "muito pouco provável" que o coronavírus "seja erradicado", ao participar nesta terça-feira por videoconferência no Congresso do Futuro realizado no Chile.

"É muito pouco provável que isso seja erradicado. Só conseguimos isso com o vírus da varíola. Além disso, devido ao seu alto grau de transmissibilidade e ao fato de muita gente não querer se vacinar, como nos Estados Unidos, será difícil de eliminar", afirmou o assessor do presidente americano Joe Biden, em vídeo.

O especialista em imunologia é um dos principais oradores do "Congresso do Futuro", um evento organizado todo ano no Chile e que reúne especialistas de todo o mundo para falar dos desafios globais.

Fauci disse que considera possível controlar o vírus "a certo nível, por meio da vacinação" e pelo efeito "de uma população que já foi infectada e apresenta suficiente imunidade de baixo nível".

Desse modo, será possível aprender a viver com o coronavírus "sem que isso represente uma ameaça" para a saúde, os sistemas hospitalares e a economia, acrescentou o especialista.

Para isso, destacou como são essenciais as vacinas de reforço, que geram um aumento notável de anticorpos.

"Sabemos por estudos que as taxas de hospitalização, doença grave e morte são muito menores naqueles que receberam a terceira dose de reforço, em comparação com aqueles que receberam só duas doses", afirmou Fauci.

Também acrescentou que as doses de reforço "funcionam contra a ômicron", a variante "que atualmente está desafiando o mundo".

"O que acontece com a ômicron em vários países é um aumento vertical, bastante radical em comparação com a delta. Levem em consideração que na África do Sul parece já ter alcançado seu ponto máximo e está caindo bruscamente. Estamos vendo indícios disso em outros países como Reino Unido e Estados Unidos", destacou Fauci.

Segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, atualmente há 329 milhões de casos e 5,5 milhões de mortes registradas no mundo causadas pela Covid-19.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895