Ação contra dengue em Porto Alegre foca em área com maior número de casos

Ação contra dengue em Porto Alegre foca em área com maior número de casos

População deve se engajar para a não proliferação do Aedes Aegypti, reforça Diretoria de Vigilância em Saúde

Felipe Nabinger

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Porto Alegre atingiu mais de 1,2 mil casos confirmados de dengue. Mais precisamente 1.263 casos, sendo 1.236 deles autóctones, ou seja, contraídos dentro da própria cidade. O número representa quase 98% do total. Com a infestação do mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, considerada alta em 20 bairros, a prefeitura segue realizando ações de combate à transmissão da doença.

Entre as atividades, está a busca ativa por pessoas com sintomas, a Pesquisa Vetorial Especial (PVE) - onde agentes visitam o local de trabalho e a residência de pessoas positivadas -, a orientação da comunidade e o controle mecânico com a eliminação de possíveis criadouros como vasos, garrafas e pneus.

Região que concentra o maior número de casos e tem infestação de mosquito considerada alta, o Jardim Carvalho, recebeu a visita de agentes de combate à endemias (ACE). Eles estiveram, nesta quarta-feira, em residências e pontos comerciais em toda a extensão da avenida Antônio de Carvalho. “A população do mosquito aqui aumentou bastante. Há descuido com excesso de água dos pátios e precisamos fazer com que a população nos ajude a eliminar a água parada, principalmente a água limpa”, explica o agente Ermelindo Lopes. Outra ação que cabe aos agentes diz respeito à notificação de locais com acúmulo de lixo. “Além de visitar os pátios, situamos pontos com muito lixo para que o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) possa retirar”, diz a agente Marleide Ferreira.

A região do distrito de saúde leste, que além do Jardim Carvalho abrange Bom Jesus, Jardim do Salso, Três Figueiras, Chácara das Pedras, Vila Jardim, Jardim Sabará, Morro Santana e parte do Agronomia, tem 630 casos confirmados de dengue até agora no ano, quase 50% do total de casos em todo o território de Porto Alegre. O distrito Centro Sul, onde ficam o bairro Cavalhada, Camaquã, Nonoai e partes do Teresópolis, Campo Novo e Hípica, é o segundo maior foco, com 123 casos confirmados.

Importância do engajamento da população 

Responsável pela Diretoria de Vigilância em Saúde (DVS), Fernanda Fernandes, alerta para a importância da comunidade se engajar nas ações, seja em cuidados em pátios e residências, evitando manter objetos que possam acumular água, transformando-se em criadouros do mosquito transmissor da dengue, seja no atendimento aos agentes de combate a endemias que estão em atuação na cidade, especialmente nas áreas de confirmação de casos. “São 69 agentes, que atuam em duplas ou maior número. Todos estão identificados”, enfatiza.

Pessoas com febre, com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelos menos dois outros sintomas entre dor de cabeça, dores musculares, dor nas articulações, dor na parte de trás dos olhos, manchas vermelhas pela pele, náuseas, enjoo, prostração, coceira e vômitos, são consideradas sob suspeita de dengue. Na busca ativa realizada pelos agentes, são coletados dados destas pessoas e encaminhadas para a unidade de saúde, onde é realizado exame.


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