Ação em Porto Alegre alerta sobre exploração do trabalho infantil

Ação em Porto Alegre alerta sobre exploração do trabalho infantil

Rio Grande do Sul está entre os três piores índices no Brasil com cerca de 178 mil crianças e adolescentes trabalhando

Jézica Bruno

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 A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da IV Região (Amatra IV) promoveu ações no sábado, no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, para alertar sobre os problemas advindos da exploração do trabalho de crianças e adolescentes. Foi feita a entrega de panfletos e esclarecidas dúvidas sobre o tema. No Brasil, mais de 2 milhões de pessoas, entre 5 e 17 anos, trabalham, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2015.

Somente na faixa de 5 a 13 anos de idade, em que o trabalho é totalmente proibido - com exceção dos casos em que há autorização judicial -, são 412 mil crianças e adolescentes expostos ao problema no país. Entre 14 e 15 anos, o trabalho é permitido por meio de aprendizagem - com contrato especial que alia trabalho e educação. A partir dos 16 anos, o jovem pode atuar no mercado formal, com carteira assinada, menos em atividades noturnas e nas consideradas insalubres ou perigosas. Apesar disso, conforme a Amatra IV, boa parte dos jovens entre 14 e 17 anos estão em situações irregulares de trabalho no país.

No Rio Grande do Sul, Estado que está entre os três piores em índices no Brasil, cerca de 178 mil crianças e adolescentes trabalham. Somente na faixa de 5 a 9 anos são 5 mil. Entre os 10 e os 14 anos, são 34 mil crianças e jovens no trabalho. Além disso, dos 15 aos 17 anos, o número de trabalhadores no RS chegou a 139 mil. “A ideia é esclarecermos e alertar sobre o problema, porque temos visto muito isso na região”, afirmou a vice-presidente da Amatra IV, Carolina Gralha, que participou das atividades.

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