Ação no Mercado Público encaminha demandas da população à Prefeitura de Porto Alegre

Francisco Siebeneichler, morador do bairro Sarandi, esteve no Mercado Público na tarde desta quarta-feira. O motivo foi um só: encaminhar demandas ao prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, dentro do projeto Mais Comunidade: Centro Mais.

“Acho certo que a prefeitura promova eventos para ouvir as demandas da população. Os secretários foram bem receptivos e ouviram as queixas, sugestões e reclamações do povo”, afirmou ele, que soube da ação pelo site da Prefeitura. Francisco foi apenas uma das centenas de moradores que estiveram presentes na ação, cuja organização foi feita por fichas de atendimento. 

Dois conjuntos de mesas, cada um com secretarias distintas, foram montadas em áreas dentro do Mercado, a fim de que o prefeito e demais integrantes do governo municipal escutassem as pessoas que necessitavam realizar pedidos à gestão. O projeto foi realizado em caráter piloto, e a intenção é que seja realizado uma ou até duas vezes por mês, segundo disse o próprio prefeito.

“Nosso governo procura estar sempre próximo da comunidade. O Mercado Público é a alma da cidade e por aqui passam pessoas de todos os bairros. Aqui não tem filtro: é saber como está o ônibus, a água, a saúde”, afirmou ele.

As pessoas que passavam pelo local e tinham demandas específicas eram encaminhadas às mesas das respectivas secretarias, e, por último, caso necessário, um protocolo era aberto em uma mesa da central 156. No caso de Francisco, foram dois pedidos: a criação de um sistema de motolância, que possibilita um atendimento médico mais ágil em caso de urgências, como um infarto, por exemplo, e uma aeromóvel para a Av. Farrapos. “Este assunto está na Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, e o assunto da motolância foi repassado para a Secretaria de Saúde”, informou ele.

Outro morador que esteve presente no Mais Comunidade, mas soube por acaso do projeto de hoje, foi Alexandre Lopes da Silva, que trabalha no Hospital de Clínicas e é morador do Jardim Carvalho. “Vim cobrar melhorias na água e no acesso do Alto da Colina, que hoje é bastante precário”, disse ele, que também é membro da associação comunitária local. Atualmente, a região recebe, três vezes por semana, o abastecimento de água por meio de um caminhão-pipa. “Fiz protocolo, e disseram que o assunto seria encaminhado em até 45 dias”.

A presidente da Associação dos Permissionários do Mercado Público, Adriana Kauer, elogiou a iniciativa da gestão municipal. “Acredito que este momento é fantástico. O Mercado é um dos locais mais democráticos da cidade. Esta quebra de burocracia é bem importante”, disse ela.

Adriana afirmou que algumas demandas já foram atendidas, como melhorias na parte elétrica, pintura e casa de bombas. Falta ainda, segundo ela, melhorias no esgotamento sanitário e encanamentos, assim como arrumar o piso e o passeio público no local, que abriga 106 comerciantes.

Ainda nesta quarta, iniciou a montagem dos andaimes para a pintura externa do Mercado Público. O primeiro local que receberá as tintas, doadas pela empresa Suvinil, é a fachada da Av. Julio de Castilhos, entre o Terminal Parobé e o portão central.

Antes de iniciar a pintura, as equipes realizam  a lavagem do espaço e a restauração da alvenaria, onde estiver danificada. A recuperação da fachada do Mercado custará R$ 1,02 milhão e o prazo de execução da obra é sete meses, contando a partir do dia 14 de fevereiro.