Acúmulo de lixo incomoda moradores de Tramandaí

De um lado, o mar. De outro, uma Unidade de Pronto Atendimento. No meio, nos terrenos baldios entre as casas de moradores e veranistas, um amontoado de restos de obra, pedaços de madeira, móveis abandonados e diversos resíduos. O problema é crônico em Tramandaí e pode ser observado na avenida Senador Alberto Pasqualini e nas ruas próximas.

Moradora de uma casa nas proximidades de um dos terrenos onde há o maior acúmulo de lixo, Leidi Jung, de 69 anos, afirmou que o problema já existia quando passou a residir na região, há mais de três anos. Ainda de acordo com ela, os resíduos são trazidos para o local por pessoas em charretes, mas também em carros particulares. Por vezes, há quem ateie fogo, fazendo com que entre fumaça e mau cheiro nas residências.

Veraneando pela primeira vez em Tramandaí, Isaura Diogo, 67 anos, de Taquara, também comentou que o problema incomoda, principalmente quando os descartes são queimados. Na manhã de domingo, dois homens podiam ser vistos com uma charrete em meio ao material descartado. Eles, no entanto, apenas recolhiam parte dos resíduos.

Lixo recorrente

A Secretaria de Obras de Tramandaí confirmou que o acúmulo de lixo nas ruas daquela região é uma questão recorrente. Conforme o secretário Murilo Menezes, as equipes de limpeza são enviadas ao local semanalmente para recolher os resíduos, porém, mais materiais sempre acabam sendo levados para os mesmos terrenos.

De acordo com Menezes, o município possui um local apropriado para esse tipo de destinação, localizado atrás do Parque Histórico Marechal Luis Osório. As soluções para o problema, segundo o secretário, passam por uma parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e por autuações. “Vamos organizar ecopontos para se depositar o lixo e uma cobrança das pessoas”, afirmou Menezes.