Adultos infectados com variante brasileira têm mais vírus no corpo, indica estudo da Fiocruz

Adultos infectados com variante brasileira têm mais vírus no corpo, indica estudo da Fiocruz

Maior carga viral indica maior transmissibilidade, mas pesquisa ainda será revisada por outros cientistas

R7

Ainda não há mais informações sobre transmissão ou letalidade

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Um estudo realizado por pesquisadores da Fiocruz mostrou que adultos infectados pela variante brasileira do novo coronavírus têm carga viral maior do que adultos infectados por outras versões. Segundo cientistas, uma maior carga viral, ou seja, maior presença do vírus no organismo, contribui para a maior transmissibilidade, fazendo com que a variante se espalhe de forma mais rápida.

A variante brasileira, também chamada de variante amazônica e tratada como P.1, foi identificada no Japão em janeiro em viajantes que voltavam do Amazonas. Desde então, ela se espalhou por Manaus e já foi encontrada em outros 11 estados, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo.

O estudo dos pesquisadores da Fiocruz foi publicado na plataforma "Research Square" e ainda será revisado por outros cientistas. Até o momento, ele é mais uma informação no sentido da maior transmissibilidade de variantes do novo coronavirus, como também acontece em relação às mutações encontradas no Reino Unido e na África do Sul.

Na nova pesquisa, foram analisados 250 códigos genéticos do coronavírus durante quase um ano. Tiago Gräff, um dos pesquisadores, afirmou nas redes sociais que "a comparação dos pacientes mostra claramente que infecção por P.1 gera maior carga viral em adultos". Isso pode ser constatado pela maior presença de bolinhas em níveis baixos nos gráficos abaixo. A comparação indica maior presença do vírus nos grupos que tiveram a variante brasileira e têm entre 18 e 59 anos.

Em idosos a significância foi pequena ou nenhuma. Entre as hipóteses está uma menor está o fato de a amostragem ter sido menor nessa faixa ou então porque esses indivíduos são "igualmente vulneráveis a todas linhagens", explica Gräff.

Bolinhas mais baixas mostram maior concentração de vírus na variante P.1 - Imagem: Reprodução R7

 


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