Agricultores gaúchos pedem clareza do Ministério da Justiça sobre demarcação de terras

Agricultores gaúchos pedem clareza do Ministério da Justiça sobre demarcação de terras

Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul querem detalhamento da oferta

Camila Kila / Rádio Guaíba

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Agricultores gaúchos seguem avaliando a proposta feita pelo Ministério da Justiça, em reunião na semana passada, para redução das terras demarcadas como indígenas no Norte do Rio Grande do Sul. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul (Fetraf-Sul) fala, porém, que é necessário que o ministro José Eduardo Cardozo detalhe a oferta, para que seja dado seguimento à negociação.

O coordenador-geral Rui Valença explica que é preciso ter mais clareza para dar uma resposta concreta sobre o tema. Conforme ele, os agricultores querem informações sobre a indenização, como valor a ser recebido, data e condições. No caso de disponibilização de terras para as famílias afetadas, Valença defende que o ministério informe a localização das propriedades e o tipo de terra.

No encontro da última quinta-feira, o Governo fFderal propôs a redução da área de Mato Preto, entre Getúlio Vargas, Erechim e Erebango, declarada reserva indígena, de 4,23 mil hectares para 657 hectares e indenização para os agricultores. Com isso, apenas 30 famílias podem ser afetadas, deixando o local onde vivem e mantêm plantações.

Sinos lembrarão mortes em Faxinalzinho
Nesta quarta-feira, quando a morte de dois agricultores em Faxinalzinho, que levou cinco índios à prisão, vai completar um mês. Uma homenagem simbólica ocorre às 17h desta quarta, quando os sinos das igrejas da região tocarão simultaneamente, para lembrar o ocorrido. Pela morte dos irmãos Alcemar de Souza, de 41 anos, e Anderson, de 26 anos, a Polícia Federal (PF) prendeu o cacique Deoclides de Paula e mais quatro indígenas, e ainda procura mais três, considerados foragidos.

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