Ajuris lamenta "momentos de violência" na desocupação dos Lanceiros Negros

Ajuris lamenta "momentos de violência" na desocupação dos Lanceiros Negros

Associação apontou que Poder Judiciário tentou buscar várias formas de conciliação

Correio do Povo

Ajuris lamenta "momentos de violência" na desocupação dos Lanceiros Negros

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A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul divulgou uma nota na manhã desta sexta-feira sobre episódio da desocupação do movimento Lanceiros Negros ocorrido na noite dessa quarta-feira.

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Na nota, a associação lamenta a forma como a reintegração de posse ocorreu e aponta que a determinação judicial tinha sido precedida de diversas tentativas de conciliação e que infelizmente se revelou momentos de violência. "Se o Poder Judiciário procurou, no que lhe foi possível, mediar a crise, com diversas audiências de conciliação, era de se esperar que o atendimento da ordem, pelas esferas próprias do Poder Executivo, observasse razões humanitárias e respeitasse os que poderiam mediar o impasse", diz a nota.

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Segundo a associação, o Poder Judiciário tentou buscar uma resolução não violenta para situação. "Ressaltamos, também, que o comando sobre as ações policiais é atribuição exclusiva do Executivo. Assim como, lembramos que a mesma constituição que assegura o direito de propriedade, inclusive em benefício do estado, também estabelece o dever de políticas habitacionais e de destinação social para seus bens", conclui a nota.

Confira a nota:

"A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS) vem a público lamentar a forma como ocorreu, na noite de quarta-feira (14/6), o cumprimento da ordem de reintegração de posse do prédio pertencente ao Estado do RS, localizado no centro de Porto Alegre, e que era ocupado desde 2015 pelo movimento Lanceiros Negros.

A AJURIS lamenta que a execução de uma determinação judicial, cujo deferimento foi precedido de diversas tentativas de conciliação, tenha revelado momentos de violência e conturbação. Se o Poder Judiciário procurou, no que lhe foi possível, mediar a crise, com diversas audiências de conciliação, era de se esperar que o atendimento da ordem, pelas esferas próprias do Poder Executivo, observasse razões humanitárias e respeitasse os que poderiam mediar o impasse.

O Poder Judiciário, ao longo de todo o período, buscou propiciar a resolução não violenta do conflito. Ressaltamos, também, que o comando sobre as ações policiais é atribuição exclusiva do Executivo. Assim como, lembramos que a mesma constituição que assegura o direito de propriedade, inclusive em benefício do estado, também estabelece o dever de políticas habitacionais e de destinação social para seus bens."  


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