Amazônia perde 32 milhões de campos de futebol de vegetação em 18 anos, revela IBGE

Amazônia perde 32 milhões de campos de futebol de vegetação em 18 anos, revela IBGE

Parte das florestas deram espaço para áreas de pastagem com manejo, que saltaram de 248.794 km² para 426.424 km² no período

R7

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Maior bioma do Brasil, a Amazônia perdeu 265.113 km² de vegetação entre os anos de 2000 e 2018, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O volume, que representa a maior redução de coberturas naturais dentre os biomas brasileiros no período, equivale à perda de uma área superior a 32,1 milhões de campos de futebol “Padrão Fifa”, com dimensões de 110m x 75m, equivalente a 8.250 m².

Segundo o estudo, parte da vegetação florestal amazônica deu espaço para áreas de pastagem com manejo, que aumentaram 71,4%, de 248.794 km² para 426.424 km² no período de 18 anos. A mudança corresponde a mais da metade (50,2%) de todas mudanças observadas no bioma.

As áreas agrícolas na Amazônia, por sua vez, saltaram de 17.073 km² para 66.350 km² (+288,6%) nos 18 anos analisados, com aumento mais significativo entre 2012 e 2014. “Em particular, após 2012, cerca de 43% das novas áreas agrícolas decorreram da conversão de áreas de pastagem com manejo”, diz o iBGE.

De acordo com o levantamento, as mudanças evidenciadas na região “indicam o padrão de uso do chamado ‘arco do desmatamento’”, inicialmente observada nas bordas da Amazônia, em áreas de contato com o Cerrado. Agora, no entanto, eles houve uma interiorização com a construções de estradas, margens de rios e adjacências de obras de infraestrutura na região.


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