Ambulantes seguem comercializando produtos no Centro Histórico da Capital

Ambulantes seguem comercializando produtos no Centro Histórico da Capital

Além de eletrônicos, estão sendo vendidas máscaras e álcool em gel

Cláudio Isaías

Rua dos Andradas é uma das mais ocupadas por ambulantes

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Os ambulantes de Porto Alegre seguem com a comercialização de seus produtos na frente de lojas. A novidade entre os itens, além dos eletrônicos, está na venda de mascaras e álcool em gel. A situação econômica leva muitas pessoas, principalmente imigrantes, a trabalhar nas ruas dos Andradas, nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho, e entorno da Estação Rodoviária de Porto Alegre. Na manhã desta terça-feira, era grande a concentração de vendedores de frutas e verduras na rua Andrade Neves e também na avenida Salgado Filho. Todos os ambulantes se adaptaram às medidas de segurança contra a pandemia do novo coronavírus e utilizam máscaras quando estão em contato com os clientes nas calçadas do Centro Histórico. 

Tanto a Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA) quanto o Sindilojas afirmam que a situação é bastante prejudicial, o que resulta, segundo as entidades, em uma concorrência desleal principalmente aos negócios do ramo de vestuário e acessórios de moda e para telefones celulares. O presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, disse que ambulantes e camelôs são organizados e recolhem seus materiais de maneira muito rápida diante da presença da fiscalização. Quem circulava pela rua dos Andradas e pelas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho presenciou a comercialização de produtos eletrônicos, acessórios para telefone celular, caixas de som, roupas, mochilas, óculos e brinquedos.

O Sindilojas Porto Alegre se manifestou contrário a esse tipo de prática, a qual "promove a venda de mercadorias de procedência desconhecida para a população e prejudica o desenvolvimento da cidade". A entidade diz que o comércio regulamentado tem o papel essencial na economia do país, já que aquece o giro financeiro e gera milhares de empregos, dando à população melhores condições de se viver. O Sindilojas Porto Alegre reforça que práticas ilegais como o contrabando, a sonegação de impostos, a falsificação e a pirataria não podem ser estimuladas.


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