Anvisa autoriza estudo clínico da vacina Covaxin no Brasil

Anvisa autoriza estudo clínico da vacina Covaxin no Brasil

Estudo de fase 3 avalia a eficácia e segurança do imunizante em adultos; 4.500 voluntários farão parte da pesquisa no país


R7

Covaxin tem 78% de eficácia comprovada contra o coronavírus

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, nesta quinta-feira, que o estudo clínico da Covaxin, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, seja realizado no Brasil.

O pedido de autorização havia sido feito pela Precisa Medicamentos, importadora e distribuidora de medicamentos, de São Paulo, que representa o imunizante no país.

Em nota, a Anvisa informou que o estudo é o de fase 3, que avalia a eficácia e segurança da vacina em adultos acima de 18 anos. A previsão é de que duas doses do imunizante sejam aplicadas com um intervalo de 28 dias em 4.500 voluntários no Brasil. 

“Para esta autorização, a Anvisa analisou os dados das etapas anteriores de desenvolvimento dos produtos, incluindo estudos não clínicos in vitro e em animais, bem como dados preliminares de estudos clínicos em andamento. Os resultados obtidos até o momento demonstraram um perfil de segurança aceitável das vacinas candidatas”, disse a agência por meio de nota. 

Sobre a Covaxin

A Covaxin tem 78% de eficácia comprovada contra o coronavírus, e é aplicada em duas doses, com intervalo de quatro semanas entre elas.

O infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações) e membro do Comitê Técnico Assessor do PNI (Programa Nacional de Imunizações) do Ministério da Saúde, explica que a vacina é semelhante à CoronaVac, imunizante que já está em aplicação no Brasil.

“O vírus é cultivado em células Vero [linhagem de células utilizadas em culturas microbiológicas], para se multiplicar e crescer, e depois é desativado para inativar sua capacidade de infecção”, explica.

O Ministério da Saúde já comprou 20 milhões de doses da Covaxin. Antes de o governo federal manifestar interesse pelo imunizante, a rede privada já havia anunciado a intenção de compra de 5 milhões de doses, segundo a ABCVAC (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas).


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