Anvisa comprova fraude em próteses mamárias da PIP
Agência detectou problemas de resistências em mais de 120 lotes da empresa francesa
publicidade
A Anvisa gastou R$ 740 mil na realização do teste. Desde 2010, a Agência tinha proibido a comercialização das próteses da PIP e da Rofil, uma fabricante holandesa. Técnicos da Anvisa fizeram inspeções em 15 fábricas de próteses mamárias, sendo 13 no exterior.
Na semana passada, o Inmetro emitiu o primeiro certificado a uma empresa brasileira do setor, a Lifesil, de Curitiba. Uma segunda fabricante brasileira aguarda o certificado do instituto. Dirceu Barbano disse que agora, com a comprovação da fraude, a Anvisa irá recorrer a tribunais no País e no exterior para obter ressarcimento de empresas que importavam e comercializavam as próteses fraudadas e também aplicar nelas multa de até R$ 1,5 milhão.
Os produtos da PIP eram comercializados no Brasil desde 2005. No País, 25 mil pessoas usam próteses mamárias da empresa. Nos últimos dois anos, a Agência recebeu 674 reclamações referentes a implantes mamários. Desse total, 150 eram relativos à ruptura do implante com próteses da PIP e da Rofil. Fraudes à parte, o diretor-presidente da Anvisa observou que, mesmo com a fraude, no geral o número de rupturas de implantes mamários está abaixo da média aceita pelos organismos internacionais de saúde, que varia de 10% a 15%.