Anvisa responde ao STF e reafirma falta de documentos da Sputnik V

Anvisa responde ao STF e reafirma falta de documentos da Sputnik V

Agência foi acionada após pedido do governo do Maranhão para explicar o que faltava para a liberação da importação da vacina

R7

Anvisa vetou vacina russa Sputnik

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A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) respondeu nesta segunda-feira (10) ao STF (Supremo Tribunal Federal) e encaminhou as informações sobre os documentos que faltam para nova análise para autorizar a importação e distribuição da vacina Sputnik V. A resposta veio após ação do Maranhão contra a agência no STF, que deu 48 horas para o órgão explicar quais são os documentos pendentes da vacina.

Depois de recusar a importação da vacina russa, a Anvisa tem sido alvo de pressão de governadores do Nordeste, que já fecharam contrato pela compra de 60 milhões de doses do produto. Os desenvolvedores da vacina, assim como os estados, negam que haja qualquer problema com a Sputnik V. 

Sobre a cobrança da gestão de Flávio Dino, governador do Maranhão, a Anvisa afirmou que já havia disponibilizado ao estado "amplo acesso aos autos do processo administrativo que tramita na Agência". A recusa da vacina também já foi explicada em reunião extraordinária da Anvisa sobre a importação da Sputnik V, que foi transmitida nas redes sociais por pouco mais de cinco horas para explicitar os critérios da agência.    
Nos dias seguintes à decisão de reprovar a vacina, em 29 de abril, os estados da Bahia, Maranhão e Sergipe apresentaram novos documentos e pediram pela revisão da decisão. A Anvisa, porém, afirmou que os as informações continuavam insuficientes. "Por esse motivo, o processo segue em diligência na Anvisa até o cumprimento do requisito legal", comunicou. 

O Brasil tem duas negociações paralelas com o instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina, para obter a Sputnik: uma do Ministério da Saúde, que prevê a compra de 10 milhões de doses, e outra dos governadores, por mais de 60 milhões de doses.

O Estado do Maranhão acionou o STF também em abril pedindo que a Anvisa autorizasse a importação e o uso emergencial da Sputnik V. A alegação do governador é a "gravidade da situação sanitária do Estado em decorrência da escassez" de imunizantes para o combate à pandemia de covid-19.


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