Após apagão, SBPC divulga carta aberta em defesa do CNPq

Após apagão, SBPC divulga carta aberta em defesa do CNPq

Texto manifesta "consternação e preocupação" com fragilidade da infraestrutura do Conselho responsável por fomentar pesquisa

R7

Pagamento de outubro é referente ao mês de setembro

publicidade

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) publicou uma carta em defesa do Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O texto foi publicado na noite de quarta-feira (28), após o apagão de dados da plataforma Lattes.

Na carta, a SBPC manifesta “consternação e preocupação” com fragilidade da infraestrutura do CNPq. “A SBPC solicita ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que providências imediatas sejam tomadas para que o CNPq restabeleça em sua plenitude a capacidade de atuar estrategicamente no desenvolvimento da pesquisa, ciência, tecnologia e inovação do Brasil, como o vem fazendo há 70 anos”.

O texto também destaca o 'estrangulamento financeiro' que o órgão vem sofrendo desde 2016. "De um orçamento de R$ 3,0 bilhões em 2014 (em valores atualizados para junho de 2021, segundo a Instituição Fiscal Independente), o CNPq perde mais de R$ 1 bilhão no orçamento de 2016, e chega a 2021 com um valor previsto de R$ 1,27 bilhões, inferior a qualquer orçamento do presente século, sempre devidamente ajustados os valores pela inflação até o momento atual, para efeito de comparação. Com esse pequeno volume de recursos, o CNPq está impossibilitado de financiar projetos de pesquisa, e fica comprometida sua infraestrutura."

Apagão

No último fim de semana, pesquisadores denunciaram que não estavam conseguindo acessar a plataforma Lattes, do CNPq. Esses diretórios funcionam como um 'Linkedin do Pesquisador', reúne todos os dados das atividades acadêmicas, currículos e pesquisa de brasileiros e estrangeiros.

De acordo com o ministro Marcos Pontes do MCTI, houve um problema em uma peça em um dos computadores, uma empresa foi contratada para fazer o reparo. Pontes garantiu "que nenhum dado foi perdido", no entanto, pesquisadores estão preocupados com a situação de bolsas, pesquisas e do próprio CNPq, que sofre com redução de orçamento e de pessoal.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895