Após festas, praias do Litoral Norte têm acúmulos de lixo nesta terça-feira

Após festas, praias do Litoral Norte têm acúmulos de lixo nesta terça-feira

Fiscalização acompanhou aglomerações, mas não houve interferência na noite de segunda-feira

Chico Izidro

Fiscalização acompanhou aglomerações, mas não houve interferência na noite de segunda-feira

publicidade

Apesar dos pedidos para evitar aglomerações devido à pandemia do coronavírus, parte da população não está mostrando nenhuma preocupação e se arriscando. Foi o que se viu na noite de segunda-feira em alguns locais do Litoral Norte, como por exemplo os balneários de Capão da Canoa e Xangri-lá. A sujeira na faixa de areia era intensa, com muitas garrafas vazias, sacos plásticos, bitucas de cigarros jogados no chão.

Com a suspensão do carnaval, mesmo assim milhares de veranistas decidiram ir para a beira da praia para se divertir, não se importando nenhum pouco com os riscos de contágio. Muitas crianças também estavam presentes nas festas. A Brigada Militar apenas observou de longe a movimentação dos jovens, porém não interferiu.

Em Capão da Canoa, as pessoas se reuniram ao longo do calçadão, e fizeram muita festa, ao som de funk e bebidas – a maioria era de jovens, que dançavam, namoravam, todos aglomerados, sem usar máscaras. Mas muitas crianças também estavam presentes na festa. 

Foto: Alina Souza

O morador de Cachoeirinha Marcelo Garcia estava ao lado dos amigos Aliffer Teixeira, morador de Xangri-lá, e Thainá Fialho, de Capão da Canoa. Os três revelaram ter contraído Covid-19 no ano passado. “Foi uma sensação horrível”, lembrou Marcelo. “Mas agora estou bem”, garantiu. Por isso, achou que não teria riscos de ir à festa na beira da praia. “Eu não queria ficar em casa”, contou.

Já Aliffer disse saber que o que estavam fazendo era errado. “Porém, como o Marcelo disse, a gente queria vir para a rua, ver a movimentação, ver pessoas. Sei que estamos errados, mas fazer o quê?”, disparou. “Gosto de um agito, de diversão. E não tem o risco de passar algo para meus pais, pois moro longe, muito longe deles”, disse.

Em Xangri-lá, a aglomeração ocorreu em frente ao bar Bali Hai. E a garotada estava mais agitada do que na vizinha Capão da Canoa – inclusive com muitos fantasiados como se estivessem em um baile de carnaval, dançando ao som do funk, tocado a todo volume. Eram centenas de pessoas no local, todos sem máscara. A festa varou a madrugada.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895