Após greve, Porto Alegre tem sábado com lixo espalhado pelas ruas

Após greve, Porto Alegre tem sábado com lixo espalhado pelas ruas

Paralisação dos funcionários do serviço de coleta afetou o recolhimento dos resíduos na Capital

Cláudio Isaías

Porto Alegre amanheceu com lixo espalhado nas ruas neste sábado

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Os trabalhadores da empresa Litucera Limpeza e Engenharia Ltda, responsável pelo recolhimento do lixo domiciliar em Porto Alegre, paralisaram as suas atividades na noite de sexta-feira. Com isso, as ruas de Porto Alegre estavam com lixo e restos de alimentos espalhados na manhã deste sábado. Na avenida Protásio Alves, a partir do viaduto da Silva Só, no sentido Centro/Bairro, os moradores foram pegos de surpresa pela presença dos sacos de lixo na calçada.

Em um condomínio da Protásio Alves, nas proximidades com a rua Vicente da Fontoura, uma funcionária afirmou que recolheria o lixo porque os catadores abrem os sacos em busca de material ou os cachorros acabam por espalhar os dejetos. A mesma situação foi registrada com sacos de lixo e restos de alimentos espalhados na rua Professor Langendock com a avenida Protásio Alves, na rua Barão do Amazonas, no bairro Jardim Botânico e na rua Ângelo Crivellaro, no bairro Jardim do Salso.

Para amenizar a situação, a Prefeitura montou uma operação para o recolhimento parcial do lixo em Porto Alegre. Durante este sábado, uma equipe de aproximadamente 100 pessoas e 35 caminhões próprios fazem o recolhimento dos resíduos. As coletas automatizada (contêiner) e seletiva seguem operando normalmente.

Os garis que prestam o serviço para a Litucera alegam que o vale-refeição está atrasado há uma semana. A empresa chegou a prometer o pagamento na sexta-feira, o que não foi realizado. O prefeito Sebastião Melo convocou para este sábado uma reunião com os órgãos municipais e representantes da prestadora de serviço para encaminhar uma solução.

O prefeito ainda pediu para os moradores que, dentro do possível, evitem colocar os resíduos na calçada até que a situação seja normalizada na Capital. "Vamos fazer pouca coisa com os caminhões próprios do DMLU. Eu vou fazer um pagamento emergencial para pagar o vale-alimentação, mas que só vai entrar na conta deles (trabalhadores) na segunda-feira", disse Melo neste sábado.

A Litucera atua em caráter emergencial desde junho no município. A Prefeitura informou que o repasse só pode ser realizado após a constatação de que todos os documentos, inclusive os que tratam dos direitos trabalhistas, estejam de acordo com a legislação. A documentação entregue pela terceirizada na quinta-feira foi analisada pela prefeitura. Uma vez que o conteúdo esteja regularizado, o pagamento deverá ser efetuado na próxima segunda-feira, dia 18.


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