Apesar da crise, Porto Alegre seguirá investimentos, afirma Marchezan

Apesar da crise, Porto Alegre seguirá investimentos, afirma Marchezan

Áreas como infraestrutura e mobilidade urbana estão contempladas por iniciativas da prefeitura

Correio do Povo

Prefeito transmitiu live nesta quinta-feira

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O prefeito Nelson Marchezan Júnior disse nesta quinta-feira que, apesar das notícias tristes provocadas pela pandemia do coronavírus, será possível deixar um legado para Porto Alegre depois da crise. Em live transmitida na manhã de hoje, o chefe do Executivo afirmou que investimentos seguem ocorrendo, principalmente na área de infraestrutura, e que alternativas estão sendo planejadas para solucionar problemas em diversas áreas, como saúde, assistência social e mobilidade urbana.

Marchezan citou a área da iluminação pública como exemplo. De acordo com ele, até o final do ano deve ser lançado um edital de saneamento e, até o início da próxima semana, deve ser feito um anúncio relacionado a conservação de vias da Capital. “Estamos buscando muitas alternativas e vamos apresentar para a sociedade”, comentou.

O prefeito ainda disse que iniciativas como Parcerias Público-Privadas (PPPs) e concessões seguirão ocorrendo para viabilizar os investimentos. Citou também que projetos de modernização da máquina pública têm partido da Câmara de Vereadores. Lembrou, por exemplo, a aprovação do Fundo Municipal de Inovação e Tecnologia, no ano passado, e reformas que possibilitaram o melhor enfrentamento da pandemia.

Sem dar muitos detalhes, o prefeito disse que também encaminhará, nos próximos dias, um projeto de um programa que ainda vem sendo estruturado para a criação de um fundo de distribuição de renda através de uma ferramenta tecnológica que permitirá que recursos cheguem a pessoas mais vulneráveis. Outra inciativa que deve ser criada será voltada para atender pais que não conseguem vagas em creche mas que têm disponibilidade de ficar em casa com os filhos. A ideia é, em vez de tentar garantir uma vaga em uma instituição longe das casas das pessoas em situação de vulnerabilidade, dar algum auxílio financeiro para que possam levar as crianças para receberem a orientação educacional adequada.

Há, ainda, um programa sendo estruturado na área de habitação, que deverá funcionar através de permutas de áreas públicas invadidas, possivelmente através de desapropriação. “Para que se possa estimular a iniciativa privada para que tenha algum beneficio em investir em áreas degradadas, invadidas, em beneficiar aquelas pessoas que hoje estão me uma situação e em uma qualidade de vida inapropriada, que queremos melhorar”, explicou o prefeito.

Ele comentou que também está sendo planejada uma reestruturação na área de sustentabilidade, através de um programa de logística reversa, e disse que é necessário reinventar a mobilidade urbana de Porto Alegre. De acordo com o prefeito, a queda brusca no número de passageiros de ônibus durante a pandemia escancarou uma crise já conhecida. As estruturas jurídicas, ainda conforme Marchezan, precisam ser reformuladas para que as organizações de bacias e linhas fiquem mais direcionadas ao edital e aos contratos com as empresas, tendo mais agilidade no atendimento das demandas, que mudam rapidamente. “A proposta é viabilizar o transporte coletivo por dois anos em um formato não amarrado, como ele está por essa licitação, por contrato e pela legislação atual.”


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