Apesar da estiagem, Defesa Civil diz que ainda não há risco de cortes de água

Apesar da estiagem, Defesa Civil diz que ainda não há risco de cortes de água

Comunicado de entidades técnicas alerta para o uso racional da água, já que condições de armazenamento podem sofrer mudanças ao longo do verão

Correio do Povo

Trabalhador na beira da orla do Guaíba. Em meses de precipitação normal, a paisagem é verde

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Segundo avaliação técnica da Defesa Civil, Emater e Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema), até o momento, não há indicativo de desabastecimento de água em função da estiagem que atinge o Rio Grande do Sul. Os órgãos também avaliam que não há risco de prejuízo à geração de energia elétrica. A Defesa Civil, contudo, alerta para a manutenção do uso racional da água, já que pode haver alteração em níveis de reservatórios ao longo do período de verão.

O comunicado foi publicado nesta terça-feira após reunião para analisar os efeitos da seca. Apesar dos danos registrados em lavouras e mudanças na paisagem, o clima seco e quente do verão gaúcho está dentro da média prevista para o período. Tal condição meteorológica deverá se estender até o final do mês de fevereiro, com baixos volumes de chuvas. 
 
Na agricultura, as perdas ocorrem em diferentes culturas. O diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri disse que milho, tabaco e soja são as plantações mais afetadas. A produção de leite já está caindo em parte das propriedades devido ao comprometimento na nutrição dos animais. 

Já na próxima quinta-feira, prefeitos e secretários vão se reunir, na Federação das Associações dos Municípios (Famurs), para verificar demandas que o Estado está enfrentando com a falta de água. Depois de estabelecer o levantamento de perdas, o documento será enviado aos governos estadual e federal.

Situação de emergência 

Até o começo desta semana, Chuvisca e Camaquã tiveram o decreto de situação de emergência homologados em decorrência da falta de chuvas. No mesmo sentido, os prefeitos de Sinimbu e Encruzilhada do Sul já assinaram decreto e aguardam reconhecimento pelo Estado.

A Defesa Civil, por sua vez, destaca que o registro deve ser relacionado à falta de água para consumo humano e os prejuízos na cultura agrícola de pequenos agricultores, interferindo na subsistência das famílias. A partir da decretação da situação de emergência, o município tem 20 dias para conclusão do processo que possibilita a homologação por parte do Estado e o reconhecimento pela União.


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