Asfalto cede em área de alagamento na zona Norte de Porto Alegre e afeta linhas de ônibus

Asfalto cede em área de alagamento na zona Norte de Porto Alegre e afeta linhas de ônibus

Trecho da avenida Bernardino Silveira Pastoriza está tomado por água há várias semanas

Correio do Povo

Área permanece tomada por esgoto desde outubro

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Um trecho de pouco mais de 50 metros na avenida Bernardino Silveira Pastoriza, no bairro Rubem Berta, zona Norte de Porto Alegre, permanece alagado há várias semanas, mesmo em períodos sem chuvas. O problema gerou o afundamento do asfalto no local, que já estava com o trânsito de veiculos comprometido. 

Nesta segunda-feira, a empresa de ônibus Soul, que atende o município de Alvorada, informou que os veículos passarão a utilizar um desvio pelas ruas dos Maias, Donária Braga e Bernardino de Oliveira Morim, o que aumentou o percurso em cerca de 2km e deve impactar no cumprimento da tabela horária.

A região é o principal acesso dos motoristas de Alvorada e de bairros da zona Norte da Capital para a freeway.

No último domingo um ônibus do consórcio Mob, que atende os bairros da zona Norte da Capital, caiu em uma cratera aberta sob a água. O veículo precisou ser guinchado. Já os passageiros, que não conseguiam desembarcar devido a acúmulo de água, foram transferidos para outro ônibus que precisou emparelhar as portas, fazendo uma ponte. 

Além do esgoto que toma a via, asfalto ficou completamente deteriorado | Foto: Guilherme Testa

Moradores reclamam de falta de soluções

Além de afetar os motoristas, a situação também gera reclamação entre os moradores do Rubem Berta. A dona de casa Silce Garcia, residente na Rua dos Maias, explica que basta chover para a via se transformar num verdadeiro “rio”. “A prefeitura já esteve diversas vezes na região, mas não consegue resolver o problema”, lamentou. A situação, contudo, se agravou nas últimas semanas, período em que mesmo quando não houve registro de chuva, o alagamento permaneceu inalterado. 

Segundo a técnica em enfermagem Sílvia Menezes da Silva, a região foi abandonada pelo poder público. “Não temos há muito tempo uma manutenção nesta via que resolva o problema”, ressaltou. Conforme ela, por vezes, as equipes da Prefeitura de Porto Alegre vão até o local para tentar solucionar os alagamentos no bairro. Mesma reclamação foi feita pelo aposentado Ramiro Soares, que afirmou ter perdido a conta de quantas vezes a comunidade se mobilizou para que os alagamentos causados pela chuva fossem resolvidos pelo Executivo municipal. 

Procurada pelo Correio do Povo ainda em outubro, a Prefeitura de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb), informou que a via não possui sistema de drenagem pluvial no trecho próximo à rua dos Maias. O órgão, contudo, garantiu que existe um projeto por parte do Executivo para a recuperação estrutural do pavimento, com instalação de meios-fios, bocas de lobo e redes pluviais no local. 

Por se tratar de obra de grande vulto, a prefeitura está trabalhando na captação dos recursos financeiros necessários para a realização dos trabalhos. Por enquanto, não há previsão para a obra. Neste momento, a prefeitura faz serviços paliativos para conter os alagamentos na região, destacaram os moradores. 

Ação paliativa começou nesta segunda

Equipes do DMAE iniciaram nesta segunda-feira uma ação paliativa no trecho. O serviço, em caráter emergencial, deve ser realizada até quarta-feira, segundo a Prefeitura. Serão implantados cerca de 100 metros de tubulações PEAD no diâmetro de 315 milímetros.

O órgão, contudo, reconhece a necessidade de obras maiores, com implantação de redes pluviais de grande diâmetro. A Secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana informou que a execução da recuperação do trecho está prevista no Lote 3 do Programa de Requalificação Viária 2019/2020, que ainda não possui recursos para a execução.

Ação paliativa começou nesta segunda-feira | Foto: Cristine Rochol / PMPA / CP


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