Assembleia Legislativa realiza ação de conscientização sobre o suicídio no Largo Glênio Peres

Assembleia Legislativa realiza ação de conscientização sobre o suicídio no Largo Glênio Peres

Atividade foi coordenada pela Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio nesta quarta-feira

Franceli Stefani

Atividade foi coordenada pela Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio nesta quarta-feira

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Para encerrar a programação do Setembro Amarelo, a Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio da Assembleia Legislativa realizou uma ação no Largo Glênio Peres, em frente ao Mercado Público da capital. De acordo com a presidente, a deputada Franciane Bayer (PSB), o grupo decidiu trabalhar a valorização da vida. “Acreditamos que trazendo um sorriso, um abraço, uma esperança, nós consigamos reduzir os índices”, frisou. No Brasil, nos últimos 10 anos, a taxa de suicídio entre crianças de 10 a 14 anos aumentou 40%. Entre jovens de 15 e 19 anos, o crescimento foi de 33,5%. Conforme os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), essa é a segunda causa de morte entre essa parcela da população. No país, mais de 10 mil pessoas tiram a própria vida ao no país.

Além do material informativo distribuído pelo grupo durante as cerca de quatro horas de intervenção no coração da capital, sementes de girassol foram distribuídas para quem passava pelo local. A escolha da espécie não foi por acaso. “Acreditamos muito na mensagem que ele passa. Está sempre voltado para a luz, mas quando o dia está mais cinza o girassol se volta para outro girassol. Acreditamos que podemos buscar uns nos outros essa força para dias que podem não parecer tão iluminados na nossa vida”, explicou. A deputada acrescentou que o intuito é que as pessoas aprendam a olhar para o outro e ajude o próximo, para que aquele que esteja precisando encontre motivos para seguir em frente.

“O suicídio foi e ainda é um tabu, mas não deve ser. O não falar não tem dado certo porque os números têm aumentado, a gente tem que aprender como falar. Como enfrentar, isso é o que temos buscado”, detalhou. A presidente da frente parlamentar disse que tem trabalhado trabalhado também em como abordar o assunto com crianças e adolescentes. Ela lembrou que depressão é algo sério e precisa ser tratado dessa maneira. “Na verdade a pessoa precisa de um atendimento de saúde, além de ter alguém próximo que lhe dê um abraço e lhe diga que a vida tem valor. Precisamos lutar um pelos outros”. A vida virtual, de acordo com a parlamentar, também precisa ser observada. “Com a rede social que é tão presente deixamos de notar o lado emocional do ser humano que está ao lado.”

Ela ponderou que a rede de apoio ainda precisa evoluir e que uma das ações trabalhadas pelo grupo é o fortalecimento dessa área. Já existe uma lei federal que obriga a ter leitos psiquiátricos nos hospitais, mas é necessário ter uma conversa entre os setores. No texto há obrigatoriedade de que instituições de ensino noticiem casos de suicídio, mesmo que tentado, ou automutilação. “É preciso que a rede funcione, não adianta notificar se não tiver quem ninguém para atender. Temos trabalhado com a secretária de Estado, assim como com o Comitê Estadual de Promoção a Vida para que as pessoas quando buscam ajuda sejam acolhidas e que consigam o atendimento.”


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