Assinado projeto de lei para desestatização da Carris em Porto Alegre

Assinado projeto de lei para desestatização da Carris em Porto Alegre

Novas propostas sobre revisão de isenções tarifárias devem ser enviadas à Câmara de Vereadores

Correio do Povo

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O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, assinou nesta terça-feira o projeto de lei que autoriza o Executivo local a encaminhar a desestatização da Carris. A iniciativa faz parte da ideia da administração municipal em transformar o atual modelo de transporte coletivo. Dessa forma, a proposta será levada à Câmara de Vereadores. 

Na avaliação de Melo, a remodelação do transporte na Capital é necessário porque a população "não pode ser mais penalizada com um mau serviço que custa caro."

 Conforme o prefeito, ainda nesta semana serão enviados novos projetos de lei de revisão das isenções tarifárias e também sobre o Programa de Extinção Gradativa da Função de Cobrador do Transporte Coletivo por Ônibus.

A crise do transporte coletivo tem impacto concreto sobre a operação da Carris. Antes da pandemia, a companhia já possuía custos superiores aos suportados pela tarifa. Em 2019, os cofres da prefeitura aportaram R$ 16,6 milhões. No ano passado, o repasse foi de R$ 66 milhões. 

Tarifa 

No começo de junho, a prefeitura encaminhou ao Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu) o valor da tarifa técnica dos ônibus da cidade: R$ 5,20. O processo está em análise no Tribunal de Contas e a expectativa é de que na próxima semana Melo tome uma decisão sobre o valor que, normalmente, fica abaixo do preço técnico estipulado. 

O imbróglio envolvendo o valor da passagem do transporte coletivo na Capital, que ocorre anualmente, ganhou novos contornos com o impacto da pandemia sobre a renda das famílias e sobre os empresários do transporte, que chegaram a enfrentar queda de cerca de 50% no número de passageiros.

Em fevereiro, os empresários, na segunda reunião de conciliação, mediada pelo Judiciário, sugeriu o valor de R$ 5,20. Além da tarifa, foram tratados temas como falhas no sistema e melhorias que terão de ser implementadas, inclusive no contrato firmado em 2015.


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