Atividade reforça conscientização da Cardiopatia Congênita em Porto Alegre

Atividade reforça conscientização da Cardiopatia Congênita em Porto Alegre

Diagnóstico precoce em crianças permite planejar o tratamento de modo adequado e imediato

Correio do Povo

Houve distribuição de folhetos educativos e balões na Redenção neste domingo

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O Instituto de Cardiologia promoveu na manhã deste domingo  uma atividade alusiva ao Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita junto ao Monumento ao Expedicionário, na Redenção, em Porto Alegre. 

Houve distribuição de folhetos educativos e balões nas cores azul e vermelho simbolizando os sangues venoso e arterial, além de uma caminhada pelo parque e venda de camiseta da campanha cuja renda será revertida para ações no setor de pediatria do próprio hospital. A data é comemorada na próxima quarta-feira, dia 12, quando então será desenvolvida uma ação dentro da instituição.

A cardiologista pediátrica Estela Suzana Horowitz advertiu que as cardiopatias congênitas muitas vezes passam desapercebidas e não são constatadas com antecedência. “Quanto mais precoce se faz o diagnóstico, inclusive no período pré-natal, melhor é o atendimento dessas crianças. Quando elas nascem com o diagnóstico já são operadas com horas de vida aqui na nossa instituição”, observou. 

Ela acrescentou que a prevenção é muito difícil de ser realizada pois cerca de 90% dos casos de anomalia cardíaca e alteração na estrutura do seu coração do feto ocorre em gestações sem fatores de risco. 

Mortalidade infantil 

Segundo a médica, o diagnóstico precoce permite planejar o tratamento de modo adequado e imediato. Alguns sinais de alerta são o cansaço da criança até para mamar, dificuldade de ganhar peso e engordar, pele com a coloração azulada, entre outros. “Vemos muitos adultos com cardiopatias congênitas que não foram diagnosticadas”, assinalou.

Estela Suzana Horowitz ressaltou também que “a cardiopatia congênita talvez seja a principal causa de mortalidade infantil no primeiro mês de vida. Na década de 1960, citou, o índice de óbitos chegava a 50% e atualmente está abaixo de 5% graças aos avanços da medicina. “Algumas cardiopatias que eram consideradas inoperáveis, hoje se consegue operar praticamente todas”, frisou. 

Em torno de 80 crianças de todas cidades gaúchas e até de outros estados são atendidas por dia no ambulatório do setor, sendo 70% via SUS. A unidade possui 14 leitos na UTI e outros 20 na enfermaria.


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