Ato pede justiça por morte de jovem no show da Luísa Sonza, em Porto Alegre

Ato pede justiça por morte de jovem no show da Luísa Sonza, em Porto Alegre

Protesto na Redenção reuniu amigos e familiares de Alice de Moraes

Felipe Uhr

Ato reuniu amigos e familiares na Redenção neste domingo

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Com faixas e cartazes, amigos e familiares da estudante de medicina veterinária Alice Schulmann de Moraes, 27 anos, estiveram no Parque da Redenção pedindo justiça na tarde deste domingo. Alice morreu após o show da cantora Luisa Sonza, no Pepsi On Stage em Porto Alegre, na madrugada do dia 17 de julho. Andreia, irmã da vítima, e amigos que estavam com ela no show, alegam que o atendimento da emergência médica contratada pela produção não foi o ideal.

Durante o ato, diversos amigos expressaram sua indignação com o ocorrido pedindo justiça. Os amigos e familiares foram chegando por volta das 15h. O clima era de comoção, abraços e choro. “Estamos reunidos para cobrar das autoridades responsáveis uma solução para o caso, para que não parem as investigações e façam justiça por Alice”, declarou a amiga Camilla Rodrigues.

Foto: Alina Souza

A irmã da vítima afirmou que a família vai continuar atrás de justiça. "Queremos as coisas esclarecidas, que os culpados apareçam porque eles existem", disse.

O Advogado Juliano Tonial, representante da família, está acompanhando o inquérito que investiga a morte da universitária, que é conduzido pelo delegado Alexandre Vieira, da 4ª Delegacia de Polícia. Segundo a defesa, o principal é que se esclareça o tipo de atendimento que a jovem recebeu ao chegar na ambulância. “Eles estão considerando o atendimento no momento da urgência, da parada cardiorrespiratória. Vou pedir ao delegado que preside o inquérito que ouça algumas testemunhas”, disse o advogado.

A investigação, de acordo com o delegado Alexandre Vieira, está na fase de coleta de depoimentos de familiares, amigos, responsáveis pela casa noturna, produtores do evento e equipes da Transul e Samu. Na sexta-feira, prestaram depoimento o motorista da ambulância e a técnica de enfermagem. Laudos do Instituto Geral de Perícias (IGP) são aguardados. O inquérito tem prazo de 30 dias, mas pode ser prorrogado.

A empresa Transul Emergências Médicas se manifestou através de nota oficial. “Por volta das 3h30min recebemos, dos seguranças do evento, solicitação de atendimento à Alice Moraes, 27 anos, que foi conduzida pelos mesmos até a ambulância. Foi realizado atendimento na ambulância e regulação médica com objetivo de remover paciente para o serviço de urgência e emergência”, explica a nota da empresa.

“Logo após a regulação inicial, a paciente evoluiu rapidamente, com piora do quadro geral, entrando em parada cardiorrespiratória, imediatamente iniciou-se atendimento conforme protocolo BLS (Basic Life Support) e foi acionado recurso de Ambulância com Suporte Avançado para atendimento no local, sendo mantido o protocolo de atendimento até o momento em que foi orientado cessar reanimação cardiopulmonar por médico da ambulância do SAMU, presente na cena e quem atestou óbito da paciente”, concluiu a nota.

O Samu disse ter sido acionado em um primeiro momento, mas a ligação caiu. Depois, outra ligação foi atendida e uma equipe deslocou-se para atendimento.

A Opinião Produtora disse que realizou todas obrigações legais que o evento demandava, como a contratação de uma equipe ambulatorial com a presença de uma enfermeira e de um médico remoto.


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