Bancários protestam em Porto Alegre e apontam lucro dos bancos

Bancários protestam em Porto Alegre e apontam lucro dos bancos

Categoria busca 5% de aumento real e garantia da manutenção de direitos anteriores à Reforma Trabalhista

Heron Vidal

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Mobilização de advertência dos bancários de Porto Alegre retardou o funcionamento dos bancos na área central da cidade nesta quarta-feira. Na avaliação do presidente do SindBancários, Everton Gimenis, cerca de 20 agências foram abertas ao meio dia em vez do horário normal das 10h. Mesmo com chuva e frio, bancários fizeram caminhada de protesto ao final da tarde. Com apoio de um carro de som, ressaltaram o lucro de R$ 77,4 bilhões obtido pelos bancos em 2017 - uma expansão de 35% sobre o resultado do ano interior. Apenas no primeiro semestre deste ano, o lucro chegou a R$ 42 bilhões.

O dissídio salarial da categoria é no mês de setembro, mas as negociações foram antecipadas. São duas as reivindicações principais: a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real e a manutenção das conquistas dos bancários obtidas antes da reforma da legislação trabalhista.

Segundo Gimenis, nos últimos 26 anos de negociações com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), mais de 100 itens foram garantidos. Com a reforma das leis do trabalho, há risco de perdas. "Não abrimos mão do que já asseguramos", anuncia o dirigente. A mobilização, por enquanto, não sinaliza greve.

Agenda


Na terça houve reunião de negociação em São Paulo, com a Fenaban. O encontro terá continuidade nesta quinta-feira. Em Porto Alegre a discussão será com o Banrisul, às 14h, na sede da Associação dos Bancos do RS. Nesta quarta, as rodadas foram na Fenaban envolvendo o comando nacional dos bancários e os bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Federal).

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