Brasil defende na ONU sua gestão da Amazônia

Brasil defende na ONU sua gestão da Amazônia

País garantiu "combater o desmatamento ilegal" e disse que incêndios são um "fenômeno sazonal, frequente durante atual estação seca"

AFP

Segundo dados oficiais, desmatamento da Amazônia no Brasil praticamente dobrou entre janeiro e agosto

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O Brasil garantiu nesta terça-feira na ONU em Genebra "combater o desmatamento ilegal", enquanto a alta comissária para os Direitos Humanos havia declarado estar "profundamente preocupada com a aceleração drástica do desmatamento" na Amazônia. "O Brasil está totalmente engajado na luta contra a situação atual na região amazônica. O governo brasileiro reafirma seu compromisso de combater o desmatamento ilegal", afirmou a embaixadora brasileira Maria Nazareth Azevedo, perante o Conselho de Direitos Humanos da ONU.

O governo do presidente Jair Bolsonaro foi fortemente questionado nas últimas semanas pela comunidade internacional por causa do aumento do desmatamento e dos incêndios na Amazônia. Por ocasião da abertura da 42ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU na segunda-feira, Michelle Bachelet, disse que "os incêndios que atualmente ocorrem na floresta tropical podem ter um impacto catastrófico sobre a humanidade". "Seus piores efeitos são experimentados por mulheres, homens e crianças que vivem nessas áreas, e talvez nunca saibamos o número total de mortes e feridos que ocorreram nas últimas semanas na Bolívia, Paraguai e Brasil", acrescentou a ex-presidente chilena.

Sete dos nove países que compartilham a Amazônia, incluindo o Brasil (60%), definiram na semana passada, na Colômbia, medidas para proteger a maior floresta tropical do mundo. Segundo dados oficiais provisórios, o desmatamento da Amazônia no Brasil praticamente dobrou entre janeiro e agosto comparado ao mesmo período de 2018. Em Genebra, a embaixadora brasileira garantiu que esses incêndios são um "fenômeno sazonal, frequente durante a atual estação seca". Estão em níveis semelhantes à média dos últimos 20 anos "e bem abaixo dos números de 2002 a 2005, 2007 e 2010", disse ela. "O apelo lançado às forças armadas e outros órgãos públicos para combater os incêndios é um sinal de nosso compromisso com a Amazônia e o desenvolvimento sustentável da região", disse ela.


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