Brasil lança pedra fundamental de nova estação de pesquisa na Antártica

Brasil lança pedra fundamental de nova estação de pesquisa na Antártica

Nova espaço terá 17 laboratórios, setor de saúde, bibliotecas e sala de estar

Agência Brasil

Brasil lança pedra fundamental de nova estação de pesquisa na Antártica

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Quatro anos após o incêndio que destruiu a Estação Antártica Comandante Ferraz, o Brasil lançou nesta segunda-feira a pedra fundamental da nova estrutura que será construída no continente gelado. O lançamento estava programado para a Antártica, mas, devido a condições meteorológicas adversas, a comitiva brasileira não pôde fazer a viagem. A cerimônia foi transferida para o Instituto Antártico Chileno, em Punta Arenas, no Chile, e teve a participação dos ministros da Defesa, Aldo Rebelo, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Celso Pansera.

A nova base brasileira vai ocupar o mesmo local da estação anterior, na Península Keller, interior da Baía do Almirantado, na Ilha Rei George, e deverá ser entregue em 2018. As obras para reconstrução começaram em dezembro do ano passado, pela empresa China Electronics Imports and Exports Corporation, vencedora da licitação no valor de US$ 99,6 milhões.

Com uma área de aproximadamente 4,5 mil metros quadrados, a nova Estação Antártica Comandante Ferraz vai ter 17 laboratórios, setor de saúde, biblioteca e sala de estar. O projeto foi concebido com a participação da comunidade científica e poderá abrigar 64 pessoas.

Programa Antártico

O Programa Antártico Brasileiro (Proantar), coordenado pela Marinha, foi criado em 1982 com o objetivo de desenvolver um programa científico que incluísse o Brasil entre os países do Tratado da Antártica. A Estação Comandante Ferraz foi instalada dois anos depois, em fevereiro de 1984, e tornou-se a base para as pesquisas brasileiras no continente, abrigando militares e cientistas.

A estrutura foi destruída por um incêndio no dia 25 de fevereiro de 2012. O fogo começou na praça de máquinas, local onde ficavam os geradores de energia. Dois militares da Marinha morreram tentando apagar o incêndio, o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo e o sargento Roberto Lopes dos Santos. Desde o incêndio, a instalação de módulos emergenciais tem permitido a permanência brasileira e a continuidade das pesquisas no local.

Nas suas três décadas, o Proantar realizou uma média anual de 20 projetos de pesquisas nas áreas de oceanografia, biologia, biologia marinha, glaciologia, geologia, meteorologia e arquitetura. As atividades científicas são realizadas durante todo o ano, mas é de outubro a março, no verão antártico, que ocorre a movimentação de pesquisadores, pessoal de apoio, equipamentos e material.


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