Busca por 2ª dose da Coronavac gera fila noite adentro em drive-thru de Porto Alegre

Busca por 2ª dose da Coronavac gera fila noite adentro em drive-thru de Porto Alegre

Dúvida sobre número de doses gera mobilização para completar imunização

Correio do Povo

Frio não impediu formação de fila de carros para drive-thru

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A busca pela segunda dose da Coronavac já gerava filas na noite desta quarta-feira em Porto Alegre. Apesar do frio de 9ºC, carros se enfileiravam no portão da PUCRS para o drive-thru que deve finalmente completar a imunização de pessoas com 60 anos ou mais.

O esforço de passar a madrugada reservando lugar se justifica pela dúvida que segue sobre a quantidade de doses disponíveis para os que vão se vacinar. Nesta quarta, as prefeituras da Região Metropolitana informaram que possuem cerca de metade das vacinas necessárias para totalizar a 2ª dose.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, por sua vez, salientou que foram distribuídas no Estado um total de doses suficientes. A instrução é fazer a aplicação no máximo de indivíduos do grupo prioritário. Posteriormente, uma redistribuição de sobras de vacinas deverá ocorrer, assim como a possível chegada de mais imunizante.

A SES afirma ter distribuído 1.647.470 doses da vacina Coronavac aos municípios gaúchos para aplicação da primeira dose em grupos prioritários, seguindo a ordem estabelecida pelo Plano Nacional de Imunizações (PNI). Para segundas doses (D2), a secretaria diz ter repassado 1.650.580 doses aos municípios, com a última distribuição ocorrida hoje. “Matematicamente, portanto, o Estado distribuiu doses suficientes para completar o esquema vacinal de todos os gaúchos imunizados com a primeira dose da vacina Coronavac”, garantiu a SES em nota divulgada à imprensa.

Entretanto, o diretor da Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Porto Alegre, Fernando Ritter, diz que a SES tem que levar em consideração o “mundo real”, onde, além do descontrole da fila de vacinação nos municípios, pode ter ocorrido outras situações. “Pode ter acontecido de pessoas terem tomado a segunda dose como a primeira. Também tem a quebra de doses, como a xepa, quebra do frasco. E aqui, identificamos mais de 17 mil pessoas de fora da Capital que receberam vacina”, alega Ritter.


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