Calota polar ártica em seu segundo nível mais baixo já registrado, aponta centro dos EUA

Calota polar ártica em seu segundo nível mais baixo já registrado, aponta centro dos EUA

Área mínima foi medida em 15 de setembro, em 3,74 milhões de km2

AFP

Degelo no Ártico deve registrar novo recorde, alertam cientistas

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A calota polar ártica registrou sua menor área de superfície neste verão boreal desde que os registros começaram há 42 anos, disseram cientistas americanos nesta segunda-feira (21). A área mínima foi medida em 15 de setembro, em 3,74 milhões de km2, de acordo com o National Snow and Ice Center (NSIDC) da University of Colorado Boulder.

A calota polar ártica é o manto de gelo que se forma no mar nessas altas latitudes e, a cada ano, uma parte dele derrete no verão para se formar novamente no inverno. No entanto, com o aquecimento global, a cada verão uma porção maior se derrete e não consegue ser reconstruída no inverno, reduzindo cada vez mais sua superfície.

Os satélites observam essas áreas com muita precisão desde 1979 e a tendência de queda é nítida. "Foi um ano louco no norte, com o gelo marinho quase no nível mais baixo da história, ondas de calor na Sibéria e enormes incêndios florestais", disse Mark Serreze, diretor do NSIDC. "Estamos caminhando rumo a um Oceano Ártico sem gelo sazonal", lamentou.

O degelo não contribui diretamente para o aumento do nível do mar, já que o gelo já está na água, mas o faz indiretamente, porque quanto menos gelo, menos os raios solares se refletem e são absorvidos em maior quantidade pelos oceanos, aumentando sua temperatura.

 


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