Camelôs seguem ocupando a região do Centro Histórico de Porto Alegre

Camelôs seguem ocupando a região do Centro Histórico de Porto Alegre ​

Prefeitura pretende intensificar ainda mais as operações de combate ao comércio clandestino


Cláudio Isaías

Ambulantes continuam marcando presença no Centro Histórico de Porto Alegre

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Os camelôs seguem desrespeitando a lei e continuam marcando presença no Centro Histórico de Porto Alegre. Na manhã desta terça-feira, os ambulantes estavam na frente das lojas localizadas nas ruas dos Andradas e Voluntários da Pátria e também nas avenidas Borges de Medeiros e Salgado Filho. 

Mesmo com a fiscalização da Prefeitura, feita através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Turismo, os camelôs se instalam na rua dos Andradas, no trecho compreendido entre as ruas General Câmara e Marechal Floriano Peixoto, na rua Voluntários da Pátria e também na avenida Borges de Medeiros. 

Quando percebem a presença dos agentes da secretaria, que atua em conjunto com a Guarda Municipal e a Brigada Militar para coibir a ocupação dos espaços públicos e apreender as mercadorias sem procedência, deixam os locais às pressas com receio de que haja o recolhimento dos produtos. 

Nas abordagens da fiscalização, são recolhidos artigos como eletrônicos, alimentos, óculos, cigarros, roupas, outros produtos sem procedência e alimentos. A ideia da secretaria é intensificar ainda mais as operações de combate ao comércio clandestino. Uma outra parte dos ambulantes procura as áreas da avenida Salgado Filho, na esquina das ruas Vigário José Inácio e Marechal Floriano Peixoto, e o Largo Glênio Peres, onde comercializam frutas e verduras. 

Na rua dos Andradas, os ambulantes começam a chegar no Centro Histórico depois das 9h e preferem se concentrar nas imediações das lojas Americanas e Marisa. Uma parte dos ambulantes, a maioria estrangeiros, opta por ficar na avenida Borges de Medeiros, nas proximidades da Esquina Democrática. 

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL/POA) elogiou as ações da prefeitura no sentido de coibir o comércio clandestino na cidade. “Os lojistas pagam impostos e geram empregos. A presença dos ambulantes na frente dos estabelecimentos acaba por gerar uma concorrência desleal e prejudica a atividade formal e por consequência a sociedade”, ressaltou o presidente da CDL/POA, Irio Piva. 

Já o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, afirmou que coibir o comércio ilegal é também um importante passo para o processo de retomada econômica na cidade. “Na medida em que incentivamos o consumo formal, contribuímos para o processo de recuperação financeira das empresas, o que refletirá na geração de empregos que tanto precisamos pós-pandemia”, acrescentou. 

Um outro ponto levantado pelos lojistas é a concorrência desleal entre a atividade dos comerciantes ilegais e dos lojistas formalizados que, mesmo com as lojas fechadas durante a pandemia da Covid-19, mantiveram o pagamento dos impostos e demais despesas das suas empresas.


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