Caminhada das Vitoriosas reúne 5 mil pessoas em Porto Alegre
Presidente do Imama destacou que mobilização mostra preocupação com saúde pública
publicidade
Durante a caminhada, a aposentada Regina Duarte Costa, que por duas vezes teve câncer de mama, afirmou que era um vitoriosa. “Não foi fácil, mas tive garra e fé para vencer as duas batalhas em 1999 e 2004”, recorda. Segundo Regina, o domingo foi de comemorar com amigos e familiares a vitória sobre a doença.
A presidente do Imama, Maira Caleffi, disse que a caminhada teve um significado diferente este ano porque mobilizou a sociedade gaúcha que está preocupada com quem tem o câncer e com a saúde pública em geral no Estado e no país. “É muito importante que a gente se concentre na melhoria do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) e também da saúde suplementar. Temos problema de agilidade e qualidade no diagnóstico e no tratamento do câncer de mama”, destaca.
De acordo com Maira, o chamado é para que a população gaúcha vá para as ruas comemorar a vitória sobre o câncer de mama, mas também para reivindicar que leis, como a Lei Federal 12.732, conhecida como a Lei dos 60 dias, saiam do papel, principalmente no atendimento SUS. “É importante saber que essa Lei determina que, a partir do diagnóstico de qualquer tipo de câncer, o paciente inicie o tratamento em, no máximo, dois meses”, acrescenta.
Cinco mil novos casos no RS
Segundo Maira, são cinco mil novos casos no Rio Grande do Sul com mais de mil mortes por ano. “É uma estatística a triste para um Estado que sabe há muito tempo que precisa se preocupar e atender todos os gaúchos”, ressalta. Conforme a médica mastologista, a doença deverá atingir uma em cada sete mulheres gaúchas, uma vez que o Estado tem uma expectativa alta de incidência do câncer de mama em relação a outros estados brasileiros.