Caminhada em Porto Alegre reforça importância da prevenção ao câncer de mama

Caminhada em Porto Alegre reforça importância da prevenção ao câncer de mama

Atividade organizada pelo Imama/RS teve início no Parque Moinhos de Vento

Cláudio Isaías

Atividade organizada pelo Imama/RS teve início do Parque Moinhos de Vento

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A 16ª Caminhada das Vitoriosas, promovida pelo Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama/RS), movimentou Porto Alegre na manhã de domingo. A iniciativa, que busca conscientizar a população sobre a importância da prevenção e luta contra o câncer de mama, teve início no Parque Moinhos de Vento, às 9h, com aquecimento e alongamento para os participantes.

Por volta das 11h, iniciou a caminhada na avenida Goethe, que teve como destino final o Parque da Redenção. A ação teve a participação da presidente do Imama/RS, Maira Caleffi, do prefeito Nelson Marchezan Júnior, da primeira-dama Tainá Vidal, de voluntárias do instituto, de pacientes e familiares. A caminhada contou ainda com um grupo de motociclistas, ciclistas e patinadores e duas limousines cor de rosa alusivas ao Outubro Rosa. A vice-presidente do Imama/RS, Cíntia Seben, disse que o tema deste ano "Me trate direito - para cada paciente um tratamento" buscou chamar a atenção da sociedade gaúcha sobre os cuidados com a saúde da mama, principalmente porque é o segundo Estado em casos da doença e Porto Alegre, é a capital com maior incidência de casos desse tipo, e cujo diagnóstico tardio é o responsável pela alta taxa de mortalidade da doença. 

A pedagoga Márcia Cristina Fernandes, 37 anos, que ainda hoje segue em tratamento contra o câncer, afirmou que é importante que as pacientes tenham acesso à informação para que saibam como e onde buscar tratamento. Mãe de Lara, de cinco anos, ela teve o primeiro câncer em 2008, aos 26 anos. Foram cinco anos de tratamento. Em 2014, ela engravidou e afirmou que a filha é a sua razão para continuar a viver. Em 2016, um novo câncer de mama e o tratamento segue realizado a cada 21 dias com sessões de quimioterapia no hospital Santa Rita da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre.

A relações públicas Caroline de Lima, 36 anos, foi diagnosticada em 2017 com a doença. "No começo foi um choque. Mas, depois pensei como reverter esse quadro", explicou. Desde então, ela passou a ser voluntária do Imama onde realiza palestras e segue com o tratamento a cada seis meses em um hospital de Porto Alegre, além de fazer uso diário de medicamentos. Ontem, ela estava vestida de "Super Girl" e afirmou que queria que todas as pessoas tivessem muita força e energia para continuar a luta. 

O Imama foi fundado em 29 de julho de 1993 e, desde então, é presidido pela médica mastologista Maira Caleffi. A instituição nasceu de um grupo de mulheres, pacientes da médica que, diagnosticadas, participavam de um grupo psicoterapêutico. Naquela época começou o interesse em comunicar aos gaúchos informações sobre a saúde da mama. Com o intuito de ajudar outras pessoas a não passarem pelas mesmas dificuldades que tiveram, essas mulheres criaram um grupo de voluntárias que, mais tarde, veio a tornar-se o Imama. Segundo a Outubro Rosa: câncer de mama é o tipo de tumor que mais acomete mulheres no mundo.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em 2018, o Brasil foi o segundo maior país com incidência da doença, com 62,9 casos a cada 100 mil mulheres. O número de casos estimados de câncer de mama no Brasil, para 2019, deverá ser de 59.700 novos casos. Nas capitais, esse número corresponde a 19.920 casos novos a cada ano. A taxa bruta de incidência estimada foi de 56,33 por 100 mil mulheres para todo o Brasil e 80,33 por 100 mil mulheres nas capitais.


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